A taxa de ocupação de leitos para Covid-19 em Roraima está na zona verde de alerta. A informação é do boletim da Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na última quinta-feira (23).
Conforme o documento, até o dia 20 de dezembro, Roraima tinha 22% dos 49 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados. Dessa forma, o estado segue pela pela 13ª semana consecutiva fora da zona de alerta.
No último dia 23 deste mês, o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) mostrou que a taxa está 10% menor. Com sete pacientes internados nas UTIs do Hospital Geral de Roraima (HGR), a porcentagem caiu para 12%.
Além de Roraima, outros 24 estados seguem na zona verde. Por outro lado, o Pará e o Distrito Federal estão na zona de alerta intermediário, ou seja, na zona amarela de alerta. A porcentagem de ocupação nos estados atingiu 72% e 60% respectivamente.
No boletim, a Fiocruz também alertou sobre o apagão de dados que atingiu o Ministério da Saúde nas últimas duas semanas. Para a instituição, a falta de informação pode prejudicar a tomada de decisões diante da pandemia.
“Atrasos ou interrupções na divulgação de dados impedem a produção de informações que são vitais para tomadas de decisões baseadas em evidências, resultando em condições semelhantes a situações como dirigir no escuro e sem faróis, ou pilotar um avião sem instrumentos de navegação”, avaliou.
Assim como em outros estados do país, Roraima também sofre instabilidade na divulgação de dados, pois desde o último dia 17 não atualiza as informações vacinais contra a Covid-19.
Porém, nesta semana, a Sesau anunciou que deve divulgar os dados atualizados no dia 27 de dezembro.
“Vale lembrar que isto ocorre ainda em um cenário de surgimento de uma nova variante de preocupação, a Ômicron, e a iminência de sua transmissão por todo o território nacional”, destacou a Fiocruz.
Ainda de acordo com o documento, a vacinação contra a Covid-19 em crianças é outro desafio no cenário. A Fiocruz avalia que há uma “processo de politização das medidas de enfrentamento da pandemia”.
Conforme a instituição, o quadro pode ser visto através dos ataques a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que recentemente anunciou a autorização de vacinas para crianças de 5 a 11 anos.
“Para enfrentar uma doença de caráter global é preciso que as medidas de proteção se estendam a todas as pessoas, em todos os países. Por isso, além de todos os adultos vacinados, precisamos que as crianças também sejam vacinadas, de modo a permitir uma convivência mais segura, em especial nas escolas”, aconselhou.
Para demonstrar a importância da vacinação em crianças, a Fiocruz mostrou que, conforme dados da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19, cerca de 301 crianças morreram pela doença desde o início da pandemia.
Em Roraima, de acordo com dados do último boletim da Sesau, sete crianças de cinco a nove anos morreram por Covid-19.
Fonte: Da Redação
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