Saúde

TCU pede informações para investigar causas da crise no povo Yanomami

O ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), pediu que o Governo conceda acesso integral aos sistemas informáticos para que o órgão, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), continue com a auditoria que investiga as causas da crise humanitária que aflige povos indígenas, especialmente os Yanomami.

Relator do processo de fiscalização, que se iniciou na semana passada, Rêgo pediu acesso aos seguintes sistemas.

  • Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (Siasi), que reúne dados epidemiológicos de 34 distritos sanitários indígenas do país;
  • Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab), que informa a situação sanitária e de saúde de determinada população ou município.

O gabinete de Rêgo também pediu que o Governo forneça a lista das Unidades Básicas de Saúde (UBS) que atendem ao Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami, com o respectivo número do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

Auditoria

A auditoria conjunta do TCU e da CGU começou na semana passada, após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que revelou a situação de penúria do povo Yanomami. Técnicos dos dois órgãos de controle já se reuniram para definirem a metodologia da investigação.

Na sessão desta quarta-feira (1º), Vital do Rêgo informou que viajará a Roraima no dia 8 para acompanhar de perto a situação. E “colher subsídios para a fiscalização do TCU”.

Além disso, ele disse ter recebido o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida. Assim trocaram informações sobre as ações a serem tomadas pelo Poder Público para combater a grave crise humanitária.

Durante pronunciamento, o ministro afirmou existirem indícios de que o aumento da extração ilegal de minerais tem proporcionado aumento de doenças como malária; problemas relacionados à contaminação da água; bem como doenças respiratórias que aumentam a taxa de mortalidade indígena no território Yanomami e Ye’kuana. Conforme o ministro, a auditoria conjunta vai devidamente apurar as causas.

Da mesma forma, além da investigação em parceria com a CGU, o Rêgo é relator de outro processo que apura os problemas na fiscalização da extração ilegal de ouro em terras indígenas.

Fonte: Agência Brasil

Lara Muniz

Recent Posts

Famílias podem embarcar no Expresso Natalino a partir deste domingo, 7

Programação segue até o dia 14 de dezembro, contemplando locais com a bela iluminação de…

46 minutos ago

Mãe de adolescente morta a tiros em Rorainópolis critica liberdade concedida ao réu e pede celeridade para julgamento do caso

Acrízio Silva Leite está solto desde agosto, com medidas cautelares, após decisão que revogou sua…

1 hora ago

Justiça revoga prisão de Joner Chagas

Ex-prefeito está internado no HGR desde a quinta-feira, 4. Ele foi preso pela PF por…

2 horas ago

Conferência municipal debate futuro do campo e políticas públicas de desenvolvimento rural

Encontro tem como foco a agricultura familiar e o uso sustentável dos recursos

2 horas ago

Prefeitura abre período de matrículas para creches de Boa Vista

Processo inicia na segunda-feira, 8, e será totalmente online

3 horas ago

TSE mantém inelegibilidade de Telmário Mota até 2030, por distribuir prêmios e brindes em ano pré-eleitoral

Ações ocorreram em todos os municípios do estado, sob o pretexto de “prestação de contas…

3 horas ago