A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a incorporação do medicamento betadinutuximabe ao tratamento do neuroblastoma de alto risco. Ou seja, o Sistema Único de Saúde (SUS) custeará e distribuirá o remédio. A condição para o tratamento é a de que o paciente tenha sido previamente tratado com quimioterapia e alcançado pelo menos uma resposta parcial, seguida de terapêutica mieloablativa e transplante de células tronco.
O pedido de incorporação do medicamento foi submetido à Conitec em janeiro deste ano pelo laboratório farmacêutico Recordati. Ele comercializa o remédio com o nome Qarziba.
O neuroblastoma é o terceiro tipo de câncer infantil mais recorrente, logo depois da leucemia e de tumores cerebrais. O remédio, que custa cerca de R$ 2 milhões, é indicado para casos de alto risco ou recidiva. Mais de mil pacientes de 18 países já utilizaram. Conforme o fabricante, o medicamento melhora a sobrevida, aumenta a probabilidade de cura e reduz o risco de a doença voltar.
Em janeiro deste ano, uma campanha de arrecadação de recursos para o tratamento de Pedro, filho do indigenista Bruno Pereira, chamou a atenção para a urgência da incorporação do betadinutuximabe ao SUS. Assim, em apenas três dias, a campanha alcançou a meta. No entanto, a família de Pedro se uniu a outras famílias que também vivenciam a dificuldade de acesso aos remédios para o tratamento do neuroblastoma.
A reunião da Conitec também aprovou a incorporação ao SUS de novos remédios para doença pulmonar obstrutiva crônica. Confira as demais deliberações da comissão aqui.
Fonte: Agência Brasil
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