Ciclista de 63 anos desaparece durante expedição até o Monte Caburaí e familiares pedem ajuda: ‘a gente precisa encontrar ele’

George da Silva de Souza, fez o último contato com a família no dia 27 de março

Ciclista de 63 anos desaparece durante expedição até o Monte Caburaí e familiares pedem ajuda: ‘a gente precisa encontrar ele’
Foto: Arquivo pessoal

O ciclista e militar aposentado da Força Aérea Brasileira (FAB), George da Silva de Souza, de 63 anos, está desaparecido desde 27 de março, dia em que falou pela última vez com a família. Ele saiu de casa para fazer uma expedição, partindo do Arroio Chuí, na fronteira com o Uruguai, até o Monte Caburaí, no extremo Norte do Brasil.

De acordo com o filho do idoso, Gregori de Souza, o pai percorreu todo o litoral brasileiro e, ao chegar em Boa Vista, ele não conseguiu embarcar a bicicleta para o município de Uiramutã. Contudo, ele não desistiu da jornada e continuou a viagem a pé.

“No dia 27 de março, foi o último contato dele com a minha mãe, por meio de uma vídeo chamada, por volta das 8h30 da manhã. Esse foi o último contato dele e a partir daí não tivemos mais notícias. A gente está com dificuldade com as autoridades, porque os bombeiros alegam que não tem jurisdição sobre território guianense. A informação que tivemos no domingo é que ele foi visto em território da Guiana”, disse.

Família pede buscas para encontrar o ciclista

Por conta da última localização dele ter sido na Guiana, os bombeiros e autoridades responsáveis estão com problemas para iniciar as buscas. A família destacou que nenhuma autoridade entrou em contato com eles para atualizar sobre a situação.

“Desde o primeiro boletim de ocorrência, feito de maneira online, lá de São Paulo, nunca tivemos nenhum contato de nenhum investigador, delegado, de ninguém aqui da Polícia Civil do Estado de Roraima. Nem mesmo do Corpo de Bombeiros. É uma situação complicada”, disse o filho do ciclista.

Com mais de 27 dias sem nenhuma informação do seu pai, Gregori pede ajuda das autoridades competentes, para iniciarem as buscas.

“Estamos tentando correr atrás dessas tratativas diplomáticas, mas eu peço, encarecidamente, às autoridades que deem mais atenção a isso, porque é um pai de família. É um desespero que já dura mais de 27 dias. Todos estão desesperados, a gente precisa encontrar ele”, declarou.

Resposta das autoridades

O Roraima em Tempo solicitou um posicionamento da PCRR e do Corpo de Bombeiros (CBMRR) sobre o andamento das investigações. Por meio de nota, disse que a missão de buscas pelo homem já estão ocorrendo e que equipe especializada está em contato com a Polícia Civil e chegou ao município neste domingo, 21, com o objetivo de colher informações mais precisas, de forma a subsidiar os bombeiros para o início da possível busca, uma vez que informações preliminares relatam que ele estaria em território da República da Guiana, que está fora da jurisdição da corporação estadual.

Disse ainda que chegou na segunda-feira, (22) até a fronteira com a Guiana, em uma comunidade indígena chamada Orinduque. Caso confirmada a entrada em território guianense, a família já fez contato com o Consulado da Guiana em Roraima para posterior autorização às equipes de busca de forma a adentrar o território do país vizinho.

Por fim, esclareceu que o prazo dado pelo missionário para retorno do Monte Caburaí é maio e, ainda não se concluiu. No entanto, o delegado titular de Pacaraima, Domingos Sávio, expediu uma Ordem de Missão aos policiais, que se deslocaram até o município de Uiramutã e mantiveram conversas com moradores e integrantes do Conselho Tutelar, finalizando em 19 de abril.

A polícia disse também que há cerca de 15 dias que há informações que o homem chegou a dormir em uma igreja. Além disso, moradores da região informaram que estiveram com o missionário e o alertaram sobre as condições da estrada e o caminho de difícil acesso.

Fonte: Tv Imperial

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