Por falta de medicamentos no Hospital das Clínicas, família de mulher internada há um mês na unidade precisa comprar os remédios para o tratamento da paciente

Paciente enfrenta problemas nos rins, coração e também trata uma trombose. Abastecimento de medicamentos na unidade é de responsabilidade da Sesau

Por falta de medicamentos no Hospital das Clínicas, família de mulher internada há um mês na unidade precisa comprar os remédios para o tratamento da paciente
Fachada do Hospital das Clínicas – Foto: Divulgação

A família da paciente Lila Nunes Guimarães, que está internada há um mês no Hospital das Clínicas, denunciou falta de medicamentos na unidade, que é responsabilidade da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Por conta da situação, eles precisam tirar dinheiro do próprio bolso para arcar com os remédios da mulher.

Lila enfrenta problemas nos rins e coração. Além disso, ela também trata uma trombose. A família diz não haver a medicação necessária para o tratamento da mulher na unidade.

“Faltam medicações para hipertensão, falta o acompanhamento dos especialistas que são solicitados e demoram para chegar. Depois de várias reclamações na direção, eles conseguimos a visita de um nefrologista. Fizeram o exame dela, de ecocardiograma, mas depois de muitas reclamações. Estava faltando enoxaparina que ela estava usando para a trombose e medicações para o coração”, disse.

Os familiares da paciente contam ainda que procuraram os responsáveis pela unidade, no entanto, não receberam resposta concreta em relação à falta dos medicamentos.

“A gente já procurou e a direção responde que na falta da medicação que o médico vem prescrever, ele tem que observar a medicação que tem no hospital e estar substituindo. No nosso ponto de vista, essa medicação, ela é fornecida pelo SUS e era para ter na unidade”, destacou um familiar da mulher.

Família compra os medicamentos com o próprio dinheiro

Devido a falta de medicamentos e da constante substituição dos remédios, a família precisa tirar dinheiro do próprio bolso para a comprar os que faltam.

“Para nós é um transtorno, uma complicação, uma dificuldade a mais que a gente precisa enfrentar. Essas medicações são muito caras e as vezes nem fazendo um esforço familiar a gente consegue comprar. Toda hora muda a medicação, que é cara. A mudança pega a gente de surpresa sem conseguir custear a medicação que ela precisa”, relatou o familiar.

Diante da situação, a família faz um apelo e, dessa forma, pede mais atenção por parte do Governo de Roraima.

“Espero que essa situação normalize. Não sei porque que essa crise iniciou, mas está sendo silenciada e velada. As pessoas estão sofrendo nos hospitais, estão sofrendo nas internações. Espero que se normalize, que o Estado tenha constância e empenho e que realmente tenha o desejo de fazer funcionar a saúde que tá parada”, finalizou.

Citada

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde (Sesau) informou que não há falta dos medicamentos no Estado, e reforçou que a dispensação está ocorrendo normalmente.

Por isso, a pasta orienta à família da paciente a buscar a gestão da unidade hospitalar e formalizar a demanda para as providências.

Fonte: Rádio 93

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