Quatro indígenas, sendo três mulheres de 45, 49 e 63, e um adolescente de 16, morreram por complicações da malária e desnutrição. As vítimas estavam internadas no Hospital Geral de Roraima (HGR) e foram levadas em caixões de volta à Terra Yanomami.
Quem divulgou a informação foi o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana (Condisi-YY), Júnior Hekurari e confirmada pela Secretaria de Saúde de Roraima (Sesau).
A mulher, de 49 anos, morreu no último sábado (18) e os outros três nesta segunda-feira (20).
Crise
No dia 20 de janeiro, o Ministério da Saúde decretou estado de emergência na Terra Indígena Yanomami após casos de desnutrição e malária na região. A medida ocorreu um dia antes da visita do presidente Lula a Roraima.
O chefe do Executivo descreveu como “desumano” o cenário da saúde indígena no estado. Ele afirmou ter assumido compromisso com caciques e outros representantes de dar dignidade aos povos. Além disso, Lula prometeu ainda acabar com o garimpo ilegal.
Saúde indígena
A saúde indígena de Roraima é de responsabilidade do Governo Federal e tem enfrentado muitos problemas nos últimos anos.
Tema de várias reportagens de nível nacional, o atendimento aos indígenas vive o pior momento. Isto devido a falta de gerência no Dsei Leste e Dsei Yanomami.
Os dois órgãos então não prestaram a devida assistência e os povos indígenas chegaram até mesmo a ficar sem remédios para todos os tipos de tratamento.
Desvio de medicamentos
Em novembro do ano passado, a Polícia Federal (PF) realizou operação com objetivo de investigar um esquema de desvio de recursos públicos federais do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y).
A PF cumpriu assim 10 mandados de busca e apreensão, no estado de Roraima, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima.
Fonte: Da Redação