“Os forros estão cedendo, fiação elétrica improvisada…”. Assim descreveu o gestor da Escola Estadual Indígena José Viriato sobre a estrutura da unidade. Wilton Magno entrou em contato com a reportagem nesta sexta-feira (3) para denunciar o descaso do Governo.
Localizada na comunidade Raposa 1, na Terra Indígena Serra do Sol, a escola atende 375 alunos. De acordo com o gestor, vários já desistiram de estudar no local por conta das condições da estrutura.
“Perdemos aproximadamente 50 alunos… Pediram transferência para outras escolas devido a situação da escola”.
Conforme Wilton, quando chove, goteja em quase toda parte. Além disso, a unidade fica alagada. A noite a situação e ainda pio. Pois a iluminação nas salas de aula é precária. Segundo ele, já houve casos em que alunos relataram que tiveram problema de visão devido ao esforço para enxergar a noite.
“O prédio em que estamos não garante a segurança para os alunos. E há 25 anos que [a escola] não foi reformada. A situação está crítica. A madeira já esta em péssimas condições, o forro das salas estão cedendo, fiação elétrica improvisada”, relatou.
Sem resposta
A comunidade escolar já entrou em contato com a Secretaria de Estado da Educação (Seed). No entanto, até o momento o secretário Nonato Mesquita não deu resposta sobre a reforma da unidade.
Por conta disso, na manhã de hoje, pais, alunos e professores se reuniram. E então decidiram que não iniciarão o ano letivo.
Além disso, eles irão realizar um protesto na segunda-feira (6). Esta seria a data de início das aulas. Contudo, os pais consideram que a estrutura da escola compromete a segurança dos alunos.
Citada
A Seed afirmou que a Escola vai passar por reforma. Disse ainda que o secretário Nonato Mesquita recebeu na sexta-feira (03), moradores e professores e informou que a obra deve iniciar em breve. No entanto, não deu uma data.
Esclareceu que a escola da Raposa 1 possui dois pavilhões. Um será utilizado para o início das aulas enquanto o outro será preparado para a reforma.
Por fim, disse que o Departamento de Educação Escolar Indígena vai discutir com os diretores e coordenadores de Centros Regionais Indígenas a proposta para um segundo Calendário Escolar Indígena para aquelas escolas que estão na mesma situação à da Escola José Viriato.
Fonte: Da Redação