Prefeitura de Boa Vista cria Gabinete de Crise Yanomami no Hospital da Criança

Gabinete é composto por nove profissionais da saúde, sendo que, sete são do Hospital da Criança Santo Antonio e dois de superintendências da Secretaria de Saúde do Município

Prefeitura de Boa Vista cria Gabinete de Crise Yanomami no Hospital da Criança
Hospital da Criança Santo Antonio em Boa Vista – Foto: Divulgação/PMBV

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) criou o Gabinete de Crise Yanomami (GCY). A secretária Regiane Matos assinou a portaria, que está publicada no Diário Oficial do Município desta segunda-feira (20).

O gabinete é composto por nove profissionais da Saúde. Sendo que sete são dos Hospital da Criança Santo Antonio (HCSA) e dois da Semsa.

A diretora-geral do HCSA, Francinete Rodrigues preside o Gabinete. Os outros membros são das seguintes diretorias e superintendências:

  • Diretoria Técnica do Hospital da Criança Santo Antônio-HCSA;
  • Diretoria Clínica do Hospital da Criança Santo Antônio-HCSA;
  • Diretoria de Enfermagem do Hospital da Criança Santo Antônio-HCSA;
  • Diretoria Administrativa do Hospital da Criança Santo Antônio-HCSA;
  • Diretoria de Emergência do Hospital da Criança Santo Antônio-HCSA;
  • Coordenadoria Indígena do Hospital da Criança Santo Antônio-HCSA;
  • Superintendência de Atenção Especializada-SAE;
  • Superintendência de Vigilância em Saúde-SVS.

Crise Yanomami

O Hospital da Criança é uma das unidades de saúde mais afetadas pela crise sanitária dos Yanomami. A unidade é a única que oferece atendimento de médio e alta complexidade para crianças. Desse modo, com a crise dos indígenas, a demanda aumento de forma considerável.

Na semana passada, a secretária Regiane Matos, concedeu entrevista ao jornalista Bruno Perez no programa Rádio Verdade da 93 FM. Durante a conversa, ela revelou que 70% dos leitos HCSA estavam ocupados por migrantes e indígenas.

Além disso, 25% dos leitos estavam ocupados por crianças de Boa Vista. E outros 5% com pacientes do interior. Sobre os leitos de UTI, a ocupação era de 80% por migrantes e indígenas.

A unidade hospitalar dispõe de 187 leitos de internação, 15 de UTI e cinco no Trauma. E todos estavam ocupados. Muitos destes pacientes chegam à unidade em situação grave ou são encaminhados de hospitais particulares.

No dia 8 de março, por exemplo, o hospital registrou 77 crianças indígenas internadas. Sendo que 65 delas são Yanomami.

Por outro lado, o número de pacientes migrantes internados na unidade hospitalar era de 40 crianças.

Fonte: Da Redação

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