TCE-RR
Após diversas denúncias sobre a má qualidade do alimento fornecido pela empresa MeioDia aos hospitais do Estado, o TCE-RR determinou uma auditoria na licitação que contratou a firma por R$ 35 milhões. O órgão vai avaliar a legalidade da participação da empresa no processo licitatório. O relator, conselheiro Bismarck Dias de Azevedo, tomou conhecimento das denúncias e então confirmou as restrições legais da MeioDia. É que a própria Sesau penalizou a empresa durante a gestão do ex-secretário Leocádio Vasconcelos. Como resultado, a firma foi impedida de participar de qualquer processo licitatório por dois anos. No entanto, mesmo com a decisão, a MeioDia Refeições logrou êxito em dois lotes da licitação em andamento.
Requerimento 1
Deputados estaduais solicitaram várias informações sobre processos licitatórios relacionados à Saúde Estadual. Um deles diz respeito ao processo administrativo que pede aplicação de penalidades à empresa MeioDia. O requerimento estava na ordem do dia da ALE-RR nesta quarta-feira (22), mas devido à falta de quórum, a análise ficou para a próxima sessão. O requerimento, direcionado ao chefe da Casa Civil, Flamarion Portela, quer saber a situação atual do processo e se, caso esteja concluso para decisão final, há quanto tempo está nessa fase. Além disso, o requerimento questiona ainda se caso o processo já esteja concluído, por qual motivo o Governo não aplicou as penalidades na empresa e, por fim, se há prazo para decisão.
Requerimento 2
Outro requerimento que aguarda aprovação na Casa Legislativa é sobre emendas parlamentares para a área da saúde. O texto diz que, possivelmente, a Sesau não executou as emendas. Em razão disso, o requerimento pede informações sobre o recebimento dos recursos e a execução deles. As emendas somam R$ 29.443.436,00. Desse total, quase R$ 17 milhões são referentes à reforma da Maternidade Nossa Senhora de Nazareth. O senador Mecias de Jesus, bem como o deputado Nicoletti, são os responsáveis por essas emendas. No entanto, eles nunca cobram publicamente o governador Antonio Denarium pela demora na obra da unidade. Enquanto isso, a unidade funciona sob tendas.
Requerimento 3
Vale lembrar que um outro requerimento já pediu informações sobre os valores que a Sesau gasta com aluguel das tendas e lonas. Esta redação já mostrou que, no primeiro contrato, a Sesau firmou no valor de quase R$ 11 milhões. No entanto, fez um reajuste, e o primeiro aluguel saiu por cerca de R$ 12 milhões. Um ano depois, a pasta renovou o contrato. Mas dessa vez, por cerca de R$ 13 milhões.
Quase dois anos de silêncio
A maternidade de lona funciona desde junho de 2021. Ou sejam já são quase dois anos. Mas somente agora apareceu deputado cobrando o Governo sobre a situação. E são somente os novatos. Os deputados que já estavam eleitos estão todos na base do governador. Então, eles nunca exigiram explicações. Nem mesmo demonstraram empatia com as gestantes e bebês que sofrem ou morrem naquele lugar cheio de mofo e bactérias. Até um rato já deu as caras por lá. Quem não lembra do vídeo? Mas o fato é que nunca os parlamentares de Roraima deram bola para o assunto.
Médico, Hiran nada fez
O que mais impressiona é que Hiran Gonçalves, agora senador, é médico. E nem assim fez nada para ajudar a resolver a situação. Ele como médico tem mais obrigação ainda de cobrar solução para a maternidade de lona. Mas como é que ele vai fazer isso se a mulher dele, Gerlane Bacarin recebe quase R$ 30 mil como secretária de Denarium? Além disso, seu filho recebe cerca de R$ 24 mil também como secretário. E o que mais impressiona ainda é que, mesmo com a falta de compromisso dele com a saúde, o povo elegeu Hiran como senador.
Caiu
Ontem (22), a Secom confirmou a saída de Shérisson Oliveira da Secretaria de Cultura. Ele responde a dois processos por violência doméstica. No último dia 17 de março, o MPRR denunciou o então secretário pela segunda vez. Isso gerou revolta entre instituições culturais e de defesa da mulher. Os grupos então se uniram e emitiram nota de repúdio contra Shérisson e pediram providências do governador, que deve ter se sentido acuado e pressionado. Apenas quatro dias depois da repercussão da denúncia é que ele resolveu exonerá-lo.