‘Cartas Marcadas’: Justiça mantém condenação de nove réus e penas somam mais de 100 anos

Operação do MPRR apurou o desvio milionário de dinheiro público e lavagem de dinheiro na ALE-RR; ex-deputado Jalser Renier é um dos acusados

‘Cartas Marcadas’: Justiça mantém condenação de nove réus e penas somam mais de 100 anos
Julgamento dos réus da Operação Cartas Marcadas – Foto: Reprodução

A Justiça julgou no último dia 11 de abril, nove réus da operação “Cartas Marcadas”, deflagrada em 2016 na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). As penas somam cerca de 122 anos, além de multas. O processo corre em segredo.

Durante a sessão, que ocorreu no Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), dois advogados de defesa fizeram sustentação oral.

A defesa havia solicitado a nulidade das provas, da interceptação, e do mesmo modo, da delação premiada. No entanto, a Justiça negou.

E, como resultado, no mérito, entendeu-se que houve os crimes de lavagem de dinheiro, assim como de formação de quadrilha.

A penas variam entre 6 e 16 anos para os réus. Somente o réu que recebeu 6 anos de condenação cumprirá pena em regime semiaberto. Todos os outros cumprirão em regime inicial fechado. Outros três réus tiveram o julgamento adiado para a sessão seguinte.

Operação Cartas Marcadas

A operação “Cartas Marcadas” do Ministério Público de Roraima (MPRR) apurou o desvio milionário de dinheiro público e lavagem de dinheiro na Casa.

Um dos investigados foi o então deputado Jalser Renier, por organização criminosa formada por servidores públicos, empresas privadas e operadores financeiros, denominados “laranjas”. Esses teriam fraudado processos entre 2010 e 2016.

Conforme a denúncia, o ex-parlamentar foi o principal beneficiado no esquema. Parte dos valores desviados serviu para construir o posto de gasolina da esposa de Jalser, Cinthya Gadelha, uma garagem e uma área de lazer na residência do casal, segundo informou o MPRR.

O órgão apontou que o então deputado “estruturou e aperfeiçoou o esquema criminoso de desvio de recursos públicos”. À época, ele acusou o ministério de atuar por questões pessoais.

Fonte: Da Redação

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