A saúde mental das mães deveria ser tratada com uma prioridade. As mães sofrem sobrecargas grandes com dupla e mesmo, tripla jornada, onde cuida da família, muitas vezes trabalha fora e ainda cuida dos afazeres domésticos. A questão é que as mães em geral, devido suas exaustivas funções, sequer tem tempo para cuidar da saúde mental. O resultado disso tudo são mães sofrendo silenciosamente com depressão, síndrome do pânico, transtornos de ansiedade, entre outras psicopatologias importantes.
Uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada-IPEA, apurou que 91% das mulheres afirmaram fazer tarefas domésticas e, apenas 55% dos homens informaram que cuidam do lar. Essas jornadas realizadas pelas mães, resulta numa sobrecarga física e emocional, sem falar que muitas são vítimas de preconceitos diversos e do próprio machismo de certos companheiros, os quais ignoram e desvalorizam essa dupla ou tripla jornada.
As mulheres experimentam desde o início da gravidez muitas situações que mexem com a saúde mental. A psicose por exemplo, é um problema de saúde mental que ocorre na maternidade, em alguns casos pode levar ao suicídio, bem como, pode proporcionar variados prejuízos ao recém-nascido e aos familiares. O risco de suicídio e as doenças mentais nas mães, elevam o potencial para deflagração de consequências graves, como o infanticídio. Outro dado alarmante é o alto número de incidência da depressão pós-parto. O autoconhecimento é fundamental para a saúde emocional das mães. Iniciar um processo psicoterapêutico pode fazer a diferença entre uma gravidez e maternidade segura e, problemas emocionais como depressão, ansiedade, pânico dentre outras psicopatologias que podem ser deflagradas na gestação e puerpério.
Quando uma mãe está no divã do Psicólogo para aprender a colocar prioridade em sua saúde mental, geralmente se sente culpada quando questionada sobre o tempo de qualidade dedicado aos filhos e, demonstra objeções para buscar uma vida que valha a pena ser vivida, com autocuidado e tempo para si mesma. Para manter a saúde mental, se faz necessário a identificação precoce da presença de fatores de risco para a depressão no pós-parto entre outras psicopatologias. É essencial que a mãe esteja consciente de fatores prognosticadores e, busque a psicoterapia para conseguir aprender estratégias emocionais e comportamentais para prevenir o quadro depressivo.
Por fim, os fatores de risco que podem afetar a saúde mental das mães estão: a gravidez de risco ou partos complicados, histórico de psicopatologia, gravidez não planejada, situações financeiras ruins ou desemprego, stress crônico ou má relação com a própria mãe, falta de apoio familiar, ausência de amigos, estado civil, problemas de humor da mãe durante a gestação, conflitos com o parceiro, autoimagem negativa, stress, maternidade precoce, separação conjugal, abuso psicológico, agressão, luto por algum ente querido, temperamento da criança.
A Importância da Psicoterapia Preventiva para mães é fundamental. Identificar precocemente situações ou sintomas é o primeiro passo para indicação de acompanhamento especializado para cuidar da saúde mental da mãe. Na psicoterapia elas aprendem que o autocuidado é fundamental, até mesmo para que os filhos possam modelar essa mãe e também aprender pelo exemplo a cuidar de si mesmos e, priorizar coisas importantes para serem mais felizes.
Hismayla Pinheiro (@psihismaylapinheiro) é psicóloga clínica e especialista em avaliação psicológica, com experiência em orientação profissional. Além disso, é a psicóloga oficial do “Miss Universo Roraima”. Toda segunda-feira, orientações valiosas nesse divã virtual de como manter a sua saúde mental. Marque sua consulta (95) 99144-1131