A ministra substituta Edilene Lôbo participou, nesta quinta-feira (28), da primeira sessão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Empossada no mês passado, ela é a primeira mulher negra a assumir uma cadeira no tribunal.
Nesse sentido, em sua primeira sessão na Corte, a ministra destacou sua chegada no TSE. Ela citou que a magistratura nacional é composta por apenas 5% de mulheres negras.
“Esse lugar onde estou não é só meu, não é só de uma pessoa. Este lugar e esta missão são a um só tempo resultado e ponto de partida de lutas históricas de grupos minorizados para vencer a herança estrutural de desigualdade de oportunidades que precisa ser superada em nossa nação”, afirmou.
Além disso, a ministra também defendeu avanços para combater a sub-representação feminina no Poder Judiciário. Ela destacou a decisão tomada nesta semana pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para aumentar o número de mulheres na segunda instância da Justiça.
“Mesmo com as mulheres negras, que são 28% da população brasileira, recebendo cerca de 46% do salário de um homem branco, não se deve pôr em dúvida a capacidade de empreender e gerar renda desse grupo minorizado politicamente, mas com potencial para crescer”, concluiu.
Perfil da ministra
Edilene chegou ao cargo por meio de indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a partir de uma lista tríplice enviada pelo TSE.
Dessa forma, ela é doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e mestra em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
De acordo com a Constituição, cabe ao presidente da República nomear os advogados que compõem o tribunal. O TSE têm sua composição formada por sete ministros, sendo três do Supremo Tribunal Federal (STF). Assim como, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados, além dos respectivos substitutos.
Fonte: Da Redação