Exposição Ko’ko Non Zumbá em Boa Vista apresenta obras indígenas e africanas

Obras de terra, barro e argila ficarão em exposição no Sesc Mecejana até 13 de fevereiro de 2024

Exposição Ko’ko Non Zumbá em Boa Vista apresenta obras indígenas e africanas
Exposição está posta na galeria Franco Melchiorri – Foto: Divulgação/Sesc-RR

O Serviço Social do Comércio de Roraima (Sesc-RR) iniciou, na noite da última segunda-feira (13), a exposição Ko’ko Non Zumbá, que traz obras de terra, barro e argila. A exposição está posta na galeria Franco Melchiorri do Sesc Mecejana, na Rua Jaranã, nº 212, bairro Mecejana, em Boa Vista.

O espaço ficará aberto para visitação em horário comercial até o dia 13 de fevereiro de 2024. A entrada é gratuita.

Abertura da exposição Ko’ko Non Zumbá

A abertura da exposição Ko’ko Non Zumbá aconteceu durante a programação do 2º Fórum Regional do LABmais, no Sesc Mecejana. Dessa forma, o evento contou com a presença da diretora regional do Sesc, Lisiane Carnetti, com curadores, artistas indígenas e de matriz africana e público em geral.

De acordo com a diretora, o papel do Sesc é promover ações que fomentam a cultura. “A Exposição é um resgate de memórias e a valorização de uma cultura. O Sesc proporciona um momento em que tem o novo e o equilíbrio de valorizar os ancestrais”, disse Lisiane.

Obras indígenas e de matriz africana

Para os povos originários e de matriz africana, a terra, o barro e a argila vão muito além de matéria-prima para criação de peças utilitárias. Na etnia Macuxi, o barro é conhecido como Ko’ko Non, que significa “Vovó Barro”. Por outro lado, nas tradições da nação Angola, o elemento é chamado de Nkissi Zumbá, uma guardiã da lama primordial.

Ambas as culturas reconhecem a profunda ligação entre o ser humano e o barro, o que originou o nome da exposição cultural.

Conforme a artista Emília Lima, que ajudou na montagem das obras de matriz africana, a exposição é importante para mostrar mais sobre a cultura. “É uma exposição importante para nossa comunidade e bastante peculiar para mostrar às pessoas a ancestralidade indígena e de matriz africana”, pontuou.

A indígena Joana Fidelis, da comunidade Raposa Serra do Sol, participa da produção de panelas de barro e evidenciou a cultura milenar. “É muito gratificante ver o meu trabalho e da minha comunidade, feitos por crianças e adultos, sendo exposto para as pessoas verem que a nossa cultura continua”, finalizou.

A mostra tem curadoria de Joana Fidelis, Lídia Raposo, Abassá Tata Bokulê, Daya Roraima, assim como de Rafael Pinto.

Fonte: Da Redação

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