A Prefeitura de Mucajaí denunciou a contaminação de um dos igarapés do município devido à irregularidade no processo de tratamento da água, feito pela Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer).
De acordo com informações da prefeitura, substâncias das lagoas de estabilização estão sendo despejadas no igarapé. Com isso, a água ficou turva.
Em entrevista à TV Imperial, a secretária municipal de Meio Ambiente, Luzinete Mesquita, explicou o processo.
“O que ocorre é um processo de antropização do igarapé que aumenta a massa de matéria orgânica e o igarapé não é um corpo suficiente para diluir essa água. Então a gente observa que existe a falta de oxigênio, que traz muito prejuízo”, destaca.
Segundo a secretária, a poluição do igarapé pode causar doenças na população, pois além das substâncias despejadas pela Caer, o rio Mucajaí sofre com a contaminação por mercúrio, trazida pelo garimpo ilegal.
“Estamos em um efeito cascata. Temos a concentração de mercúrio, as impurezas vindas destes processos ao longo do rio. Como resultado, teremos uma grande população com problemas de câncer e Mucajaí fica dentro dessa estimativa para o futuro” argumenta.
Conforme Luzinete, a prefeitura já enviou ofícios sobre o caso para a Caer. No entanto, ainda aguarda retorno sobre a possível contaminação do igarapé.
“Eles precisam nos apresentar, pelo menos a cada seis meses, um laudo técnico nos informando a qualidade da água. Nossa comunidade utiliza essa água, tanto para pesca, como para banho e até para fazer uso doméstico. Estamos com o igarapé comprometido”, relata.
Citada
A Caerr informou em nota que já enviou técnicos da empresa ao município para coletar amostra da água e encaminhar para a análise.
“A Companhia de Águas e Esgotos de Roraima informa que uma equipe de técnicos da empresa esteve no município de Mucajaí realizando a coleta de amostra da água para análise e emitir um diagnóstico. O laudo tem prazo de cinco dias para ser concluído”, comunica.
Colaboração TV Imperial e Rádio 93 FM