A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) respondeu, no dia 23 de novembro, um pedido de informações do deputado Armando Neto (PL), sobre a ‘maternidade de lona’ com dados desatualizados.
O parlamentar solicitou fez o requerimento no final de fevereiro deste ano, logo após polêmica divulgação do número de mortes de recém-nascidos na unidade. A aprovação do requerimento em plenário ocorreu ainda no início de março, assim como o envio à Sesau.
A Secretaria respondeu somente em novembro, 8 meses depois. Mas isso somente após o parlamentar enviar documento para cobrar a resposta.
Armando Neto solicitou as seguintes informações:
- Quais e quantos atendimentos que são realizados na estrutura improvisada – lonas – do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth por dia;
- Previsão para conclusão das obras de reforma do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth;
- A capacidade de atendimento da unidade após a reforma;
- Taxa de óbito infantil no hospital e taxa de natimorto nele;
- O quadro funcional da maternidade com detalhamento de número de médicos e enfermeiros;
- Quais são as empresas terceirizadas que atuam na maternidade e quais as atividades desenvolvidas por cada uma;
- Com relação a obra de reforma: o montante liquidado desde o início até o momento; o valor empenhado, bem como o valor total previsto inicialmente;
- Montante liquidado para manter a estrutura provisória e o valor empenhado;
- O que a Sesau realizou até o momento para amenizar as condições e tempo de espera para atendimento;
A reportagem constatou que os setores enviaram as informações para a Sesau em agosto deste ano, com dados atualizados até julho.
No entanto, alguns dos dados, a Sesau enviou para o deputado com atualização até março, como no caso dos números de atendimento. Já no caso da taxa de mortalidade infantil, os dados constam de janeiro até dia 27 de abril.
Mortes de recém-nascidos
A Maternidade Nossa Senhora de Nazareth virou notícia nacional em fevereiro deste ano após informações sobre o número de mortes de recém-nascidos. A unidade registrou 28 óbitos em 37 dias. Os dados foram divulgados pelo portal G1 Roraima e confirmados pelo Roraima em Tempo.
Conforme documento que a equipe de reportagem teve acesso, em janeiro 17 bebês morreram na unidade. Enquanto em fevereiro, morreram 15.
Fonte: Da Redação