Os agricultores familiares do município de Boa Vista já se preparam para o plantio da safra 2024. Por meio do Mutirão do Calcário ocorre atendimento de 75 famílias nas regiões do Truaru, Murupu e Novo Passarão, com a abertura de mais 151 hectares. As equipes da Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI), já estão trabalhando no auxílio aos agricultores na preparação das áreas.
Além disso, o cronograma prevê aplicação e incorporação do calcário nas áreas. Bem como patrulha de máquinas e implementos para as atividades de preparação e correção do solo. A patrulha tem tratores, calcareadeiras e pá carregadeira. O maquinário tem a aplicação e incorporação do corretivo de solo de maneira correta e eficiente.
Dessa forma, o trabalho também inclui caminhão caçamba para o transporte do calcário. A equipe retira no Centro de Difusão Tecnológica (CDT) e o leva até a propriedade.
Dessa maneira, o agricultor tem os custos de frete e de aplicação reduzidos. Vale ressaltar que o calcário é contratado junto ao Plano Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio (PMDA), com subsídio de 50% e parcelado em 3 anos.
Segundo o titular da SMAAI, Guilherme Adjuto, as equipes se programam anualmente para executar o cronograma do mutirão. “As vantagens de o produtor aderir a esse mutirão são os custos menores e a eficiência na aplicação e incorporação desse corretivo. Pois, a Smaai, utiliza equipamentos modernos com taxa variável de aplicação e com precisão também”, enfatizou.
Período chuvoso
Para o diretor técnico da Smaai, engenheiro Agrônomo Fábio Guths, as áreas então já ficam preparadas, somente aguardando o início do período chuvoso.
“A partir daí é feita a fosfatagem (inserção do fósforo no solo) e o serviço de nivelamento, atividades estas que ocorrem poucos dias antes do plantio, no mês de maio, que é a melhor janela para a implantação de lavouras de sequeiros no município”.
Nesse sentido, o mutirão segue com o trabalho de abertura e preparação de novas áreas, que ainda não eram utilizadas para cultivo. Apesar do número de hectares de abertura de área não ser tão expressivo, se comparado às grandes plantações de soja, para os pequenos agricultores familiares. Por fim, em muitos casos, a área é ampliada em 100% ou mais.
Auxílio
Logo, o agricultor familiar Jean Felix Loubak possui uma propriedade de 57 hectares no P.A Nova Amazônia 1. No primeiro ano, mesmo com custos de produção muito elevados e ainda sem o auxílio do PMDA, produziu 3 hectares. Já no segundo ano, conseguiu se regularizar, associando-se a uma cooperativa para acessar o benefício.
“Pretendo produzir milho na estação chuvosa e hortifrúti na estação seca. Hoje produzo em minha propriedade abóbora cabotiá, moranga exposição, abóbora jacarezinho, quiabo, maxixe e abobrinha. A minha meta é ampliar a produção iniciando o plantio de melancia, milho, pimenta-de-cheiro, macaxeira e banana”, disse.
Do mesmo modo, Jean destacou ainda que na sua avaliação o PMDA é fundamental para o desenvolvimento da agricultura no município.
“Comparando o ano em que plantei sem o Plano e no ano seguinte já participante, eu calculei uma redução de pelo menos 35% nos custos de produção, além da carência para pagamento, onde você pode produzir, vender e só depois pagar. É fundamental para quem está iniciando. Assim, Prefeitura tem feito um bom trabalho”, finalizou.
Fonte: Da Redação