Após atraso de salários, Governo de Roraima suspende contratação de médicos dos setores de emergência dos hospitais

Profissionais denunciaram atraso de salários de até 6 meses e chegaram a publicar nota de repúdio para cobrar Sesau

Após atraso de salários, Governo de Roraima suspende contratação de médicos dos setores de emergência dos hospitais
Fachada da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) – Foto: Ian Vitor Freitas/ Roraima em Tempo

O Governo de Roraima determinou a suspensão da contratação de médicos que atuam na rede estadual de Saúde pelo regime de Pessoa Jurídica (PJ). A ordem é desta terça-feira (20) e é assinada pela secretária de Saúde, Cecília Lorezon.

Conforme o documento da Secretaria de Saúde (Sesau), a suspensão passa a valer a partir do dia 1º de março. Dessa forma, a medida atinge os profissionais que trabalham no Hospital Geral de Roraima (HGR), Pronto Atendimento Come e Silva, Maternidade Nossa Senhora de Nazareth e Hospital das Clínicas.

Logo, a decisão ocorre após os médicos ameaçarem paralisar as atividades por conta do atraso de até seis meses no pagamento dos salários.

O documento também cita a necessidade de avaliar as escalas médicas nas unidades hospitalares bem como a dimensão dos serviços médicos de responsabilidade da Sesau.

Citada

Em nota, a Sesau explicou que a medida se deu com a finalidade organizacional com redimensionamento das escalas de serviço médico. Dessa forma, suspendeu as Ordens de Serviços de março. Ou seja, do próximo mês. E estão mantidas as OS referentes a fevereiro.

Conforme a Secretaria, a medida visa a correta aplicação dos recursos públicos e, o redimensionamento das escalas contempla médicos efetivos e seletivados, uma vez que muitos contratos de médicos seletivados serão renovados conforme entendimento junto ao Ministério Público.

Após a análise, todos os médicos na modalidade de PJ receberão novas ordens de serviços para pagamento. Por fim, disse que a medida não afetará o atendimento ao público.

Nota de repúdio

No dia 15 deste mês, os médicos publicaram nota de repúdio e cobraram providências da Sesau quanto ao pagamento dos salários. Na nota, eles ressaltaram que o pagamento é um direito constituído.

Além disso, o não pagamento está comprometendo o sustento familiar e pessoal dos profissionais. Além disso, a nota ressalta que quase 80% dos profissionais médicos das unidades de urgência, emergência e portas de entradas têm a contratação por PJ.

“Nós profissionais médicos […] vêm a publicar repudiar veemente e tornar público a nossa indignação pelos contratantes atrasos do pagamento da classe médica […] comprometendo a pecúnia de subsídios e sustento pessoal e familiar. Trazendo transtorno pessoais e mentais e insegurança financeira aos custeios das próprias despesas e da família”, diz trecho da nota.

Após o caso ser denunciado pela imprensa, o governador Antonio Denarium (PP) prometeu que pagaria os profissionais.

Fonte: Da Redação

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