Um incêndio atingiu plantações de bananas e destruiu a fonte de renda de agricultores que moram na Vicinal 05, no Travessão da Vicinal 3, em Caroebe, interior de Roraima.
O município é conhecido como uma das regiões que predomina a fruticultura por meio do cultivo da banana.
Conforme relato do filho de uns dos agricultores da região Mauro Costa, moradores temem que o incêndio se espalhe e atinja outras plantações. “Meu pai está muito apreensivo porque ele já teve prejuízos alguns anos atrás. A seca está muito grande”, disse.
Veja vídeo:
Forte estiagem
Roraima vive um período de seca. A estiagem é causada pelo fenômeno El Niño, quando acontece o aquecimento do Pacífico. Além disso, o principal rio do estado, o Rio Branco, já atingiu o menor nível neste ano, de 0,2m, conforme o monitoramento da Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer).
Imagens que circularam nas redes sociais também mostraram o fogo consumindo diversas áreas de mata em Amajari, na região que dá acesso à RR-203. Do mesmo modo, a fumaça tem causado danos à população local. Voluntários estariam atuando no intuito de parar as chamas.
MPRR cobrou ações
Em caracaraí por exemplo, o Ministério Público de Roraima (MPRR) cobrou das autoridades do município mais fiscalização, estrutura e brigadistas para combater os incêndios em Caracaraí. Apenas no período de 1º a 21 de fevereiro, houve o registro 162 focos de incêndios.
Além disso, a promotoria apurou que o Corpo de Bombeiros local está equipado com somente uma viatura, não dispondo de brigadistas, e que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente conta com apenas 4 fiscais ambientais.
Chamamento dos brigadistas não aconteceu
Os brigadistas aprovados em processo seletivo do Governo de Roraima aguardam a convocação desde outubro do ano passado.
No último sábado (24) o Governo de Roraima decretou situação de emergência em nove municípios. Contudo, já existia um plano de contingenciamento enviado pelo Conselho Estadual das Cidades, para antecipar ações em possível piora de seca no estado. No entanto, somente após denúncias de casos graves de queimadas e cobranças da própria população é que ocorreu posicionamento do Governo e assinatura do decreto.
Fonte: Da Redação