Boa Vista reduz risco para transmissão de dengue, zika e chikungunya

Com resultado satisfatório, na classificação de risco, capital registrou 0,8% de infestação predial para o Aedes aegypti; população deve seguir cuidados de combate ao mosquito

Boa Vista reduz risco para transmissão de dengue, zika e chikungunya
Foto: Divulgação PMBV

Em meio ao cenário de surto endêmico no Brasil, as ações de sensibilização e combate ao mosquito Aedes aegypti em Boa Vista têm resultado positivo para o controle das arboviroses. Equipes de combate as endemias da capital concluíram o primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2024 que apontou a cidade com baixo risco para transmissão de dengue, zika e chikungunya.

Com resultado satisfatório, na classificação de risco, o município registrou 0,8% de infestação predial para o Aedes aegypti. De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Ana Paula Merval, mesmo com o resultado positivo divulgado no LIRAa, a população deve seguir em alerta e continuar com todos os cuidados nas residências do município para combater o mosquito.

“Embora a cidade esteja classificada como baixo risco, observamos que temos um número elevado de casos prováveis de dengue. Precisamos continuar trabalhando e manter a rotina de limpeza dos quintais. A pesquisa também apontou que 71% das amostras positivas estavam dentro das residências das pessoas, não em terreno de baldios ou em outros locais”, disse.

Pesquisa nos bairros de Boa Vista

Além disso, os profissionais pesquisaram 8.559 imóveis em Boa Vista. Destes, em 70 tiveram detecção com focos positivos para larvas do gênero Aedes aegypti, com média 0,8% e 9 unidades testaram positivo para larvas do gênero Aedes albopictus, com média de 0,1% do índice de infestação predial no município. O baixo risco de transmissibilidade das arboviroses na capital é considerado o mais baixo dos últimos 4 anos.

Do mesmo modo, em 2020, o resultado do Índice de Infestação Predial ficou em 1,1%, resultado considerado médio risco. No ano seguinte, a classificação de risco chegou a 4,9%, alto risco. Já em 2022, a capital atingiu a média de 3,9% para risco de transmissibilidade do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. No último ano, o resultado da pesquisa apontou Boa Vista com um índice de 1,3%.

Bairro Jardim Caranã, União, Piscicultura, Santa Tereza, Asa Branca, Jóquei Clube, Cinturão Verde, Centenário, Profª Araceli Souto Maior, São Bento, Raiar do Sol e Bela Vista aparecem na lista como os mais críticos dentro do cenário entomológico da cidade. Ainda, os bairros Distrito Industrial, Nova Cidade, Drº Airton Rocha, Operário e Senador Hélio Campos aparecem no quadro com maior risco.

Tipos de criadouros no município

O lixo doméstico continua sendo o principal foco do mosquito Aedes aegypti. Os profissionais encontraram criadouros em frascos, bebedouros de animais, caixa d’água, vasos, garrafas e latas. O levantamento ainda aponta pneus, barris, tonéis, tanques de obras, borracharias, hortas, calhas, piscinas não tratadas, além de depósitos de naturais, como focos de larvas.

Ações de combate ao mosquito

Diante do aumento no número de casos de dengue no país, a Prefeitura de Boa Vista reforçou as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e enviou agentes de combate a endemias às ruas da cidade para visitas domiciliares. Assim, a prefeitura contratou 30 agentes de endemias, totalizando 163 agentes na capital. Por fim, os novos profissionais reforçam e fortalecem as ações de campo no município.

Fonte: Da Redação

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