Nessa quarta-feira (17) a Justiça de Roraima voltou atrás com a decisão que suspende a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Transparência em Amajari.
Com a reabertura da CPI o presidente da Câmara, David Soares (MDB), tem até 5 dias para dar continuidade ao processo.
O vereador Kleudison Wanderley (SD), informou quais medidas tomarão a partir de agora. De acordo com ele, o próximo passo será a nomeação dos membros da CPI.
Logo depois, realizarão uma reunião para analisar as linhas de trabalho que irão seguir. A partir disso, farão a solicitação dos documentos necessários à prefeitura para iniciar as investigações.
“Hoje nós temos várias denúncias dentro do município de Amajari. Denúncias estas que tratam-se de funcionários fantasmas, de direcionamento de licitação, de licitação superfaturada e desvio de recurso público”, disse.
Segundo o vereador, durante o mandato foram solicitadas diversas informações para a prefeitura, mas não tiveram resposta. A CPI, conforme ele, entrou como último recurso, tendo em vista que as solicitações não eram respondidas. Para ele, a comissão irá esclarecer com o que a prefeitura está gastando as verbas do município.
“Precisamos dar uma resposta para a população. A população quer saber para onde esse dinheiro está indo, onde ele está sendo gasto”, argumentou.
O parlamentar afirmou ainda que além de tomar medidas cabíveis, os vereadores garante, com a CPI, a boa aplicação dos recursos públicos.
“Se estiver tudo certinho a prefeitura não tem o que temer, não é? Agora se estiver errado, nós iremos tomar as medidas necessárias, faremos tudo que for preciso para garantir a boa aplicação do recurso público no município de Amajari”, destacou o vereador
Entenda
Os vereadores da Câmara Municipal de Amajari solicitaram a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em 23 de setembro deste ano. Conforme os parlamentares, eles não estão conseguindo realizar o trabalho de investigação pois a prefeitura não divulga os gastos públicos no portal da transparência do Executivo Municipal.
Em 22 de outubro, a Câmara aprovou a abertura da CPI por 6 votos a 2. Com isso, o presidente da casa teria o prazo de 48h para nomear os membros, mas isso não ocorreu e o presidente arquivou a comissão.
Dessa forma, os vereadores entraram com mandado de segurança na Justiça para dar prosseguimento aos trabalhos. No dia 8 de novembro, a juíza Sissi Schwantes concedeu a liminar.
No entanto, a mesma juíza, suspendeu a CPI em 12 de novembro, após a presidência da Câmara, assim como a prefeita Núbia Lima (MDB) recorrerem da decisão que permitia a continuidade da CPI.
Apenas cinco dias após o ocorrido, o juiz Cleber Gonçalves Filho, da Comarca de Pacaraima, determinou a instauração da CPI novamente, nessa terça-feira (17).
Fonte: Da Redação