Demissões
O governador Antonio Denarium (Progressistas) demitiu 28 servidores concursados da Secretaria de Estado da Educação (Seed). São nove professores, 9 merendeiros e tem ainda auxiliares administrativos e auxiliares de serviços gerais. A maioria por abandono de cargo. A demissão de um servidor concursado não é algo comum na esfera pública, visto que o concurso é tido como o emprego mais seguro entre os demais. O fato é que, quem pensava que Denarium era “bonzinho’ para servidor se enganou. Todas as valorizações consistentes só aconteceram no ano anterior ao das eleiões de 2022, quando ele queria o voto dos servidores para se manter no cargo. Hoje, quem quer reajuste ou quem quer usufruir das promessas feitas por Denarium em 2022, tem que fazer manifestação ou denúncias na imprensa.
Humilhação
Um grande exemplo disso foi a manifestação dos servidores do Detran que aconteceu no dia 8 de abril em frente ao prédio da instituição na Brigadeiro Eduardo Gomes. Eles valorização e o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR). Mas, antes disso, o Sindicato dos Servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Roraima (Sindetran-RR) emitiu nota de repúdio. Na nota, o sindicato diz que Governo só lembra dos servidores em época de eleição.
Assédio moral
Depois das eleições de 2022, os policiais penais do Governo também passaram a enfrentar dificuldades no trabalho. Muitas foram as denúncias, mas a principal delas era de assédio moral contra eles na Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc). A princípio, a Sejuc não recuou às denúncias e, misteriosamente, um vídeo gravado pelas câmeras de segurança da Pamc vazou. E, segundo as informações na imprensa, as imagens mostram ações de negligência por parte dos policiais penais. A situação soou como uma represália às denúncias, mas nada se confirmou.
Greve
Os médicos do Estado chegaram a anunciar uma greve que se iniciaria no dia 3 de março passado. Eles reivindicavam progressões horizontais e verticais; adicionais de qualificação; cálculo do retroativo do enquadramento dos médicos e etc. No entanto, o Ministério Público resolveu intervir no caso e articulou um acordo entre o Governo e os profissionais. O sindicato destacou que as reivindicações eram decorrentes de descumprimento de acordos que o Estado fez com os médicos.
Sem reajuste e sem reconhecimento
Os servidores também estão sem o reajuste anual. O governador, depois de três anos de mandato, decidiu fazer um reajuste no ano anterior às eleições de 2022. Depois disso, só reajustou os salários dos profissionais que reivindicaram e ameaçaram fazer greve. Além disso, Denarium publicou um decreto de ajuste fiscal que impõe várias regras aos gastos com servidores estaduais. Uma delas é a proibição de novas contratações ou de promoções que venham a ser novos gastos. Desse modo, os militares ficaram sem as suas tradicionais promoções de março e abril. A Associação de Bombeiros e Policiais Militares emitiu nota e disse que a categoria não pode ser tratada como estelionato eleitoral.