A ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara participou na manhã desta quinta-feira (16) da inauguração da primeira etapa da reforma Casa de Saúde Indígena Yanomami (Casai).
As obras ocorreram na cozinha e refeitório da unidade. Também estava a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) Joênia Wapichana e o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ricardo Weibe Tapeba.
De acordo com a ministra Sônia Guajajara, essa é apenas uma etapa de uma reforma integral que deve acontecer na Casai. A necessidade de reforma surgiu logo após a visita do presidente Lula, em janeiro de 2023, quando decretou estado de emergência.
“Vimos a necessidade de melhorar esse ambiente, para que eles pudessem ter mais conforto. Esse refeitório é parte desse reestabelecimento da saúde alimentar e nutricional. Eles se alimentam a partir de um cardápio orientado por uma equipe de nutricionistas”, disse.
Para a presidente da Funai, Joênia Wapichana, a reestruturação mostra um avanço e uma mudança para Casai. Ela ressalta que no primeiro momento, houve o planejamento das ideias e agora está ocorrendo os resultados.
“A obra trouxe um espaço melhor para que os pacientes e acompanhantes, agora podem ter uma condição de se alimentar. A gente já vê que a dignidade está retornando. Essa é uma primeira etapa de uma série de ações e planejamentos que o Governo Federal vem desenvolvendo na região”, destacou.
Novos investimentos na Casai Yanomami
O Governo Federal investiu cerca de R$ 2,4 milhões na reforma do refeitório e cozinha da Casai. As equipes servem aproximadamente 2.500 refeições por dia, para os pacientes e acompanhantes, sendo cinco refeições para cada pessoa. Após a visita do presidente Lula, implantaram um centro de recuperação nutricional, composta por 4 profissionais da área, especialmente para crianças Yanomami.
Conforme o secretário Ricardo Weibe, a unidade é a maior casa de saúde indígena do Brasil e por isso o Governo Federal tem destinado o dinheiro para o local. A próxima etapa deve ser a construção dos alojamentos e toda a parte administrativa. Serão cerca de R$ 50 milhões para realização da obra.
“Nossa intenção é conseguir dar condições de trabalho para os trabalhadores da saúde indígena e dignidade do povo Yanomami e receber uma assistência de qualidade no próprio território. Aqui na Casai tem previsão de algumas atividades lúdicas, espaços recreativos, de esportes, para garantir que enquanto os Yanomami estiveram aqui, não fique com o tempo ocioso”, pontuou.
Garimpo ilegal no território Yanomami
A ministra Sônia Guajajara destacou em coletiva que além da visita na Casai, ela deve visitar alguns territórios indígenas, como por exemplo, Yanomami e a região do polo de Auaris, onde ocorre a construção de um Unidade Básica de Saúde.
Por fim, ressaltou avaliação geral do garimpo ilegal na região Yanomami, que conta com monitoramento e retirada constante de garimpeiros.
“Nós estamos percebendo um grande avanço, já houve uma mudança significativa, em comparação ao que a gente encontrou quando chegamos em 2023. As operações estão em curso dentro do território para a retirada dos garimpeiros”, relatou.
Por Ian Vitor Freitas