O Monitoramento por satélite feito pelo Imazon, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, revela que Roraima é responsável por 99% da degradação detectada na floresta amazônica no período de janeiro a abril deste ano. A maior dos últimos 15 anos nesse período. Os dados são dessa terça-feira (22).
Lembrando que é “degradação” quando ocorre a retirada seletiva de madeira ou quando colocam fogo na floresta.
Apenas em abril, houve a identificação de quase 700 km² de degradação em Roraima. Uma área equivalente ao tamanho da capital baiana, Salvador. Contudo, no mês anterior, o dano foi de três vezes maior.
Nesses dois meses, o estado de Roraima degradou então, o equivalente a quase 5 mil campos de futebol por dia.
Segundo os responsáveis pelo estudo, uma das razões para a degradação da floresta tem sido a redução hídrica, onde as várzeas estão ficando mais secas a cada verão. Quem explica pra gente é a pesquisadora Larissa Amorim.
“São as queimadas no estado de Roraima. Inclusive esse estado também vem passando por uma seca histórica, que atingiu o principal rio localizado lá”.
Por outro lado, o desmatamento da região amazônica – que é quando ocorre a remoção total da vegetação – caiu pelo décimo terceiro mês seguido.
De acordo com Larissa Amorim, os governos federal e estaduais devem intensificar o combate à derrubada da floresta, principalmente em Roraima.
“É justamente o incentivo às ações de combate e controle do desmatamento e o fortalecimento dos órgãos responsáveis por essa ação. Outro motivo também é o fortalecimento das políticas públicas que estão voltadas para valorização dos nossos recursos florestais”.
Assim, os três estados que mais derrubaram floresta nos quatro primeiros meses do ano foram Mato Grosso, Amazonas e Roraima. Juntos, foram responsáveis por quase 80% do desmatamento.
No acumulado do ano, essa destruição da floresta teve uma queda de 58% em relação a 2023, e de 73%, se comparada a 2022. Por fim a reportagem tentou contato com o Governo de Roraima. Ainda sem resposta
Fonte: Agência Brasil