Uma operação do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) apreendeu 75 aeronaves na Terra Indígena Yanomami. O balanço é da ação que já ocorre há três meses.
Além disso, a ação também prendeu 38 pessoas. O Ministério da Justiça afirmou que a operação visa a retirada de não indígenas e garimpeiros da região. O intuito também é o restabelecimento de Bases de Proteção Etnoambiental na Terra Indígena Yanomami.
Durante o período os agentes federais também apreenderam mais de 85 mil litros de combustíveis, 650 munições, mais de 30 mil quilos de minério. Do mesmo modo, eles também apreenderam 17 veículos, 10 balsas e 6 embarcações.
“O trabalho faz parte do compromisso do Governo Federal com a proteção dos indígenas e combate aos crimes ambientais. São resultados importantes que demonstram a atuação integrada entre as forças e órgãos federais”, afirmou o ministro Anderson Torres.
Integraram a ação a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), a Fundação Nacional do Índio (Funai), bem como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Também participaram da operação o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Agência nacional de Telecomunicações (ANATEL), assim como a Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Invasão na TI Yanomami
A Terra Yanomami vive uma série de ataques de invasores que exploram ilegalmente o ouro. A Hutukara enviou ao menos 10 ofícios aos órgãos responsáveis, entre maio e junho deste ano, relatando a escalada de violência.
Conforme a Associação Hutukara, os garimpeiros usam gás lacrimogêneo e balas para ameaçar os indígenas. Em meio a esse cenário, entidades pressionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) para ordenar a retirada dos invasores da região.
Em seguida, a Corte ordenou o Governo Federal para que retirasse os garimpeiros da Terra Yanomami. A estimativa é que ao menos 20 mil invasores explorem o ouro ilegalmente. Em contrapartida, existem 28 mil indígenas vivendo na região.
Em junho deste ano, o Instituto de Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou estudo que mostra que a TI Yanomami é a segunda colocada no ranking das áreas protegidas mais desmatadas da Amazônia.
Fonte: Da Redação