Desvio de verbas da Covid: CPI da Saúde pede indiciamento de Chico Rodrigues

Senador também já foi alvo de operação da PF pelos mesmos crimes; durante a ação ele foi pego com dinheiro na cueca

Desvio de verbas da Covid: CPI da Saúde pede indiciamento de Chico Rodrigues
Senador Chico Rodrigues – Foto: Reprodução/Jefferson Rudy/Agência Senado

A CPI da Saúde da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) pediu o indiciamento do senador Chico Rodrigues (DEM). Ele é suspeito de desviar verbas federais destinadas ao enfrentamento da pandemia. O relator da comissão, deputado Jorge Everton (sem partido) apresentou o relatório final na manhã desta segunda-feira (6).

O senador deve responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, crime de licitação, bem como advocacia administrativa.

Em síntese, as investigações da comissão apontam o envolvimento de Chico em processos de licitação dentro da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

A suspeita é de que o parlamentar, juntamente com a organização criminosa, direcionava licitações em compras superfaturadas de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), entre outros itens.

Recorrente

Essa não é a primeira vez que Chico Rodrigues é suspeito de desviar verbas da Covid-19. Desse modo, em 2020 ele foi alvo da Operação Desvid-19 da Polícia Federal.

Foi nessa ocasião que os policiais o encontraram com dinheiro escondido na cueca. Sendo assim, o senador disse que os R$ 33 mil eram para pagar funcionários.

Controladoria Geral da União (CGU), suspeita que Chico Rodrigues participa de um esquema armado para o desvio de cerca de R$ 20 milhões da Sesau.

O órgão identificou diversos indícios de superfaturamento em contratos de aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e kits de teste rápido.

Nesse sentido, o inquérito aponta que as contratações eram direcionadas para empresas por meio de licitações fraudulentas.

Afastamento de Chico

Após o episódio, o ministro Roberto Barroso determinou o afastamento do parlamentar do Senado. No entanto, Chico decidiu pedir afastamento e colocou o filho para assumir em seu lugar. É que ele colocou o filho como 1º suplente no cargo.

Além disso, o STF também o proibiu de manter qualquer tipo de contato com os outros investigados no processo. São sete nomes nas investigações, entre eles o senador Telmário Mota (Pros).

Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro o afastou do cargo de vice-líder do governo no Senado. Ele estava na função desde o início da gestão.

Fonte da Redação

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