Oi gente linda!
No nosso Papo Íntimo de hoje falaremos sobre um grupo de músculos diferente dos que costumamos ler nas páginas de saúde. Há 14 anos, meu trabalho é cuidar desses músculos, e quero compartilhar tudo sobre isso com vocês aqui.
Vocês sabiam que todos nós temos um montão de músculos na nossa região íntima? Essa é uma informação que quase ninguém sabe, e essa região, sendo desconhecida, padece sem os cuidados merecidos.
A musculatura do assoalho pélvico, também conhecida como músculos do períneo, é como uma cama elástica e está localizada na parte debaixo do osso da pelve (mais conhecido como bacia ou quadril). Você já parou para pensar que a nossa bacia é “oca” embaixo? Quem “fecha” o nosso quadril por baixo são esses 31 músculos íntimos, que sustentam os nossos órgãos pélvicos, como bexiga, útero, ovários e, nos homens, a próstata.
Essa musculatura é perfurada por três canais: a uretra, “buraquinho” por onde sai o “xixi”; o canal vaginal, por onde sai a menstruação e o bebê, e onde acontece a penetração durante o sexo; e o ânus, por onde saem os flatos (pum) e as fezes. Quando esses músculos se contraem, eles apertam esses três canais, promovendo a continência e evitando que a gente “passe vergonha” em momentos inapropriados. Eles controlam a saída da urina, dos flatos e das fezes.
Os músculos superficiais do assoalho pélvico também são responsáveis pela nossa função sexual feminina e masculina. São eles que ajudam a “prender” o sangue no pênis e no clitóris para uma ereção vigorosa, além de “amassarem” as glândulas que produzem a nossa lubrificação durante a relação sexual. Para os homens, especialmente, além de potencializar a ereção, esses músculos também ajudam a controlar a ejaculação.
Os músculos do assoalho pélvico (MAP) são iguais aos músculos da coluna, das pernas, dos braços, do bumbum e do abdômen. E assim como os outros músculos do nosso corpo, eles precisam estar fortes e alongados. E sim, eles também precisam ser fortalecidos com exercícios específicos.
Quando esses músculos estão fracos, além das incontinências já mencionadas, podem ocorrer os prolapsos, mais conhecidos como “bexiga caída” ou “útero caído”. Também podemos ter disfunções sexuais, como dificuldade para conquistar o orgasmo e termos prazer. Nos homens, pode haver dificuldade de manter a ereção.
Na contramão da fraqueza muscular, podemos desenvolver uma tensão excessiva desses músculos, como se fosse um “torcicolo das partes íntimas”. Isso pode levar mulheres a terem dor durante o sexo e infecções urinárias de repetição, e homens podem ter dificuldade para controlar o orgasmo. Em ambos os gêneros, essa tensão pode causar dificuldade para eliminar as fezes, tecnicamente chamada de constipação intestinal.
Você vai me ver muito falando de saúde íntima por aqui, e vamos continuar explorando esse universo fascinante chamado assoalho pélvico. Será um prazer poder contribuir com o seu conhecimento sobre esses assuntos. Deixe seu comentário, dúvida ou sugestão. Aqui é um espaço seguro, livre de julgamentos e tabus.
Nas próximas colunas, traremos diversos temas e dicas práticas para ajudar você a cuidar dessa parte tão importante do corpo. Até o nosso próximo Papo Íntimo.
Carol Queiroz é fisioterapeuta pélvica especializada em Uroginecologia, Obstetrícia e Sexualidade Humana com mais de 14 anos de experiência clínica dedicados à saúde íntima e sexualidade feminina. É conhecida por ser a idealizadora de um método de pompoarismo que transformou a saúde íntima de mais de 5.000 mulheres e alcançou um público de mais de 70 mil pessoas. Sua missão é educar e capacitar mulheres, promovendo saúde, autoconhecimento e qualidade de vida através do conhecimento sobre saúde íntima e sexualidade.
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