Mecias e a CPI da Saúde da ALE-RR

A CPI da Saúde deu um passo para trás ontem (8). Depois de dois anos de investigação, da análise de 44 contratos e um relatório de 440 páginas…

Mecias e a CPI da Saúde da ALE-RR
Senador Mecias de Jesus – Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Mecias por trás

A CPI da Saúde deu um passo para trás ontem (8). Depois de dois anos de investigação e de analisar 44 contratos e produzir um relatório de 440 páginas, os deputados retiraram os nomes dos cirurgiões bucomaxilos da lista de pedido de indiciamento. Mesmo com todas as provas. E também com todas as testemunhas. Duas delas até disseram que receberam ameaças. Isso porque denunciaram  o esquema dos cirurgiões dentro da Sesau. O relatório diz que, com o pretexto de que não teria material cirúrgico, as cirurgias buco-maxilares deixavam de ocorrer. Então os pacientes acionavam a Justiça. No processo, o MP pedia três orçamentos diferentes para avaliar a melhor proposta para  o SUS. Então os três orçamentos era sempre dos três cirurgiões: Rodrigo Acioly, Denis Dinely e Daniel do Carmo. Eles estipulavam valores bem próximos para que o MP sempre escolhesses um dos três.

Mecias por trás 2

Agiora adivinha quem está por trás de tudo isso? O senador Mecias de Jesus. De acordo com depoimentos contidos no relatório da CPI, o parlamentar tem proximidade com um dos bucomaxilos. É que a suplente dele no cargo de senador, Roberta Acioly, é esposa do cirurgião Rodrigo Acioly. Então está explicado. Em um dos depoimentos, o relator, deputado Jorge Everton (sem partido) pergunta se tem algum padrinho político. A testemunha diz que sim, o Mecias. Então, é no mínimo estranho o pedido de Lenir Rodrigues para retirar os nomes de todos eles da lista. Deu para notar a insatisfação nos rostos de Jorge Everton e de Nilton Sindpol (Patri), vice-presidente da CPI da Saúde.

Dúvida

Outra ação que causa dúvida com relação à imparcialidade da CPI da Saúde: Não pediu indiciamento dos ex-secretários da Saúde que ainda fazem parte do Governo. Surpreendentemente, Cecília Lorezon e Marcelo Lopes escaparam. E olha que o que não faltou foi denúncia na época em que eles dirigiam a Sesau. Os ‘supersalários‘, da época de Lopes existem até hoje.

Tá demais

Mecias tá demais! O nome dele ultimamente tem aparecido em muitos casos estranhos. Antes dos cirurgiões, o nome dele surgiu em meio à crise sanitária dos Yanomami. É que disseram que ele é quem indicou o diretor do DSEI -Y. E depois disso, nada mais funcionou na saúde dos indígenas. Por outro lado, o Ministério da Saúde diz que enviou mais de R$190 milhões para o DSEI-Y. Só falta esse dinheiro chegar nas Terras Indígenas. Isso sem falar na Caer. A Companhia nunca teve tanto problema na estrutura. E, conforme fontes, Mecias também indicou o dirigente da Caer. Parece que o senador destrói tudo por onde passa.

Mais uma secretaria

E Denarium sancionou a criação de mais uma secretaria dentro do Governo. A Secidades, atualmente dirigida por Luciano Castro, vai aumentar o número de cargos comissionados de 35 para 133. Os salários vão de R$ 1.100 a R$ 23.725. Desse modo, o governador, em vez de reduzir o número de secretarias, aumentou. Anteriormente, Denaium disse que ia reduzir as secretarias de 37 para nove mais a Casa Civil. No entanto, criou mais cinco. Uma delas para nomear sua esposa. Isso depois que ela resolveu ser pré-candidata a deputada federal.

O nono pediu pra sair

Leocádio Vasconcelos, o nono secretário da Sesau pediu para sair. Na segunda-feira (6) ele saiu zangado da secretaria. Nesse sentido, ele disse que não colocaria mais os pés lá. Conforme fontes da coluna, ele falou com o governador que não pretendia mais dirigir a problemática Pasta. Fato confirmado por ele com exclusividade à redação do Roraima em Tempo. Anteriormente, ocuparam o cargo Airton Wanderley, Élcio Franco, Cecília Lorenzom, Allan Garcês, Francisco Monteiro, Olivan Junior, Marcelo Lopes, e Airton Cascavel. Este último, investigado na CPI da Covid em Brasília.

Possíveis nomes

Os possíveis nomes a assumir a Sesau são: Cecília Lorezon e Virlande da Luz. Cecília já passou pela secretaria e não deixou boas lembranças por lá. Os profissionais da enfermagem podem dizer. Ela os enfrentou durante a greve que eles fizeram para reivindicar seus direitos. Até mandou colocar falta nos grevistas. Ou seja, os cerceou dos direitos de protestar. Ditadura mesmo. Além disso, fontes da coluna disseram que ela saiu de lá por que não andou fazendo as coisas direito.

Perguntinhas

  • Qual o verdadeiro motivo de Lenir pedir para tirar os nomes dos bucomaxilos da lista de pedido de indiciamento?
  • Por que, dos senadores investigados,  só Chico Rodrigues aparece na lista? É mais fácil chutar cachorro morto
  • Por fim: Vai terminar o governo de Denarium e ninguém vai esquentar canto na cadeira da Sesau?

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