Não passou por convenção: candidatura de Catarina Guerra tem 4 pedidos de impugnação no TRE-RR

Representante do grupo governista não teve seu nome escolhido em convenção, rito obrigatório e cumprido por todos os outros candidatos

Não passou por convenção: candidatura de Catarina Guerra tem 4 pedidos de impugnação no TRE-RR
Governador Antonio Denarium no lançamento da pré-candidatura de Catarina Guerra em 2024 – Foto Reprodução

A Federação Brasil da Esperança entrou com pedido de impugnação do pedido de registro de candidatura de Catarina Guerra no Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) neste domingo (18).

Com este, o Tribunal agora soma quatro pedidos de impugnação contra a candidata do grupo governista à Prefeitura de Boa Vista.

Assim como nos outros pedidos, a justificativa é que Catarina não foi escolhida como candidata do partido União Brasil em convenção. De acordo com a lei eleitoral, a convenção é um rito obrigatório na escolha dos candidatos.

Na convenção ocorrida em 3 de agosto, a maioria dos votos escolheu como candidato o deputado Nicoletti. Foram 11 votos a 6.

No entanto, Catarina recorreu à executiva nacional do partido para reverter a situação, como explica a Federação Brasil da Esperança na ação.

“Ocorre que alguns dias depois da realização da Convenção Municipal, a candidata derrotada, ora impugnada, solicitou ao Comitê Executivo Nacional reunião, na expectativa de impor seu nome,
ao arrepio do que fora decidido pelos delegados na convenção, da qual, aliás, participou”.

Além disso, o pedido de impugnação critica a forma que Catarina e seu grupo político articularam uma possível candidatura, em detrimento à escolha do partido na convenção.

“Por razões subterrâneas e pouco republicanas, após a Convenção Municipal ter sido concluída e registrada, busca a impugnada por meios obtusos alcançar aquilo que nem mesmo a urna de seus correligionários lhe permitiu se habilitar”.

Entenda

O deputado Nicoletti e a deputada Catarina Guerra, ambos do União Brasil travaram uma disputa para saírem candidatos à Prefeitura de Boa Vista. Ela conta com apoio do grupo governista, enquanto Nicoletti escolheu o vice indicado pelo presidente da Assembleia, Soldado Sampaio (Republicanos).

No dia 3 de agosto, o União Brasil realizou convenção, com todos os requisitos legais, para a escolha do candidato. Ele então foi escolhido por 11 votos e Catarina obteve 6.

Em seguida, ela acionou a executiva nacional, que enviou documento para o TRE-RR informando que ela é a escolhida. Depois, Catarina entrou com pedido de intervenção no partido em Boa Vista.

Desse modo, conseguiu retirar Nicoletti da presidência da sigla na executiva municipal. Agora, ela é quem está no comando.

Por outro lado, o pedido de registro de candidatura de Catarina tramita no TRE-RR. Mas os partidos que seguiram os ritos e as leis eleitorais entraram com pedido de impugnação. São eles: Novo, Rede, Federal Brasil da Esperança composta pelo PC do B, PT e PV, além do próprio Nicoletti. Vale destacar que o partido Rede desistiu da ação.

Defesa

Enquanto trabalha juntamente com o governador Antonio Denarium e o senador Hiran Gonçalves, ambos do Progressistas, para ‘tomar’ o partido de Nicoletti, publicamente Catarina tem assumido a posição de vítima.

“Entretanto, o tratamento dado pelo atual presidente do partido, deputado Nicoletti, é incompatível com os princípios e diretrizes do União Brasil, uma vez que tem agido com atos antidemocráticos, desrespeito, perseguição e discriminação”, disse Catarina recentemente, em vídeo nas redes sociais.

Fonte: Da Redação

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