Fiocruz alerta sobre riscos de liberar cigarros eletrônicos

Fundação enviou carta ao Senado que discute sobre a liberação do uso do dispositivo no país

Fiocruz alerta sobre riscos de liberar cigarros eletrônicos
Cigarro eletrônico – Foto: Pixabay


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) enviou carta ao Senado Federal em que relata preocupação caso os dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), conhecidos como cigarros eletrônicos ou vapes, tenham liberação no país.

Previsto para votação na última terça-feira (20) no Congresso Nacional, o Projeto de Lei foi retirado de pauta. A previsão é que a discussão retome em setembro.

No documento, escrito pelo Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde [Cetab/Ensp/Fiocruz], a instituição diz concordar com a Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nesse sentido, ela proíbe a comercialização, fabricação, importação e publicidade dos DEF.

Assim, a Fiocruz diz também estar em consonância com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde, do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e de entidades da sociedade civil como a Associação Médica Brasileira (AMB) e a ACT Promoção da Saúde, que indicam os riscos de uso dos DEF.

Alerta

Um dos destaques no documento é o alerta da OMS de 2023, que fala sobre os efeitos adversos dos cigarros eletrônicos para a saúde pública. A OMS ressaltou danos respiratórios, cardiovasculares e potenciais efeitos neurotóxicos, e uma preocupação com o impacto a longo prazo desses dispositivos.

Do mesmo modo, a Fiocruz fez críticas aos fabricantes dos DEF, por adotar “estratégias de marketing que distraem o público jovem. O que contraria suas alegações de que esses produtos são para exclusivamente fumantes adultos.

Além disso, a publicidade em mídias sociais e o patrocínio de eventos evidenciam um direcionamento claro para atrair consumidores mais jovens. O que expõe essa faixa etária vulnerável a riscos significativos”.

E afirma na carta enviada ao Senado que, ao contrário do que dizem os fabricantes, “os DEF ampliam o risco de dependência à nicotina. E expõem os consumidores a substâncias cancerígenas, como nitrosaminas, formaldeído acetaldeído, amônia, benzeno e metais pesados.

Além do apelo tecnológico, esses dispositivos contêm solventes como glicerina e propilenoglicol. Além de uma variedade de aromatizantes e saborizantes que atraem, especialmente, crianças e jovens, induzindo-os à experimentação precoce e à rápida dependência de nicotina”.

Fonte: Agência Brasil

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