O Governo Federal divulgou nesta segunda-feira (26), que três mil brigadistas combatem focos de incêndios em todo o Brasil. Várias regiões do país enfrentam forte estiagem, resultado da mudança climática e do fenômeno El Niño.
Neste domingo (25) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a central de monitoramento do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Brasília, para acompanhar a situação dos incêndios em São Paulo, no Pantanal e na Amazônia.
“Até agora, não conseguimos detectar nenhum incêndio causado por raios. O que significa que tem gente colocando fogo na Amazônia, no Pantanal e em São Paulo”, afirmou o presidente durante reunião com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e representantes do Governo Federal.
Além disso, Lula pretende participar das reuniões semanais que ocorrem na Casa Civil, com a participação de mais de 20 ministérios, sobre os incêndios. Os governadores dos estados atingidos serão convidados.
Na internet, o presidente informou que a Polícia Federal (PF) vai investigar as causas dos incêndios. “A Polícia Federal vai investigar e o governo vai trabalhar com os estados no combate aos incêndios”, disse, por meio da rede social X (ex-Twitter).
Confira:
Incêndios em São Paulo
A ministra Marina Silva classificou a situação dos focos de incêndios em São Paulo como “atípica”. De acordo com o Governo do Estado de São Paulo, 21 cidades enfrentam focos ativos de incêndio neste domingo. Desse modo, ao todo, 46 municípios estão em alerta máximo para queimadas. “Em São Paulo, não é natural, em hipótese alguma, que em poucos dias você tenha tantas frentes de incêndio envolvendo, concomitantemente, vários municípios”, disse Marina.
A ministra destacou ainda que é preciso que as pessoas parem de botar fogo para que as ações do Governo façam efeito maior.
“É preciso parar de atear fogo, porque mesmo colocando tudo o que está à disposição dos governos estaduais, municipais, dos esforços privados e do Governo Federal, se não parar de colocar fogo num período em que há temperatura alta, baixa umidade relativa do ar e ventos que vão até 70 km por hora, não há como conter o fogo”, enfatizou a ministra
Investigação
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, informou então que há dois inquéritos para apurar se os incêndios em São Paulo são criminosos. “Mobilizamos as nossas 15 delegacias espalhadas no interior e a nossa superintendência regional, coordenados pela diretoria de Amazônia e Meio Ambiente em Brasília, para que a gente possa identificar a questão que envolve essas queimadas no estado”, explicou. Da mesma forma, a PF também investiga as causas dos incêndios na Amazônia e no Pantanal.
“É fundamental que se entenda o que está acontecendo. Quando se trata de ação criminosa, será punida com todo o rigor que a lei nos oferece”, frisou Marina Silva.
Prevenção
De acordo com Marina, desde o ano passado, o Governo Federal trabalha na prevenção de incêndios no país. “Se não tivéssemos nos preparado desde 2023 para fazer esse enfrentamento, nós estaríamos numa situação muito difícil. Se não tivéssemos reduzido o desmatamento em 50% no ano passado na Amazônia e em 45% neste ano, estaria uma situação incomparavelmente difícil”, pontuou a ministra.
Equipamentos
A partir da demanda do Governo do estado de São Paulo à Defesa Civil Nacional, o Governo Federal mobilizou apoio para combate e monitoramento de áreas atingidas. Estão sendo utilizadas duas aeronaves Pantera, uma aeronave Cougar, uma Super Cougar, uma SH-16, bem como um KC-390, com sistema para lançamento de água. Além disso, há sete caminhões-pipa, 21 viaturas (caminhões, ônibus, viaturas-socorro, etc) e uma equipe com equipamentos de engenharia. Ao todo, 424 militares atuam na região.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República