Queimadas fazem preço do feijão, açúcar carne e laranja subir no Brasil

Nos primeiros dias deste mês, focos de incêndios distribuídos pelo país superaram o dobro observado em 2023. seca degrada pastos, atrapalha ciclo de plantações e prejuízo é repassado ao consumidor

Queimadas fazem preço do feijão, açúcar carne e laranja subir no Brasil
Foto: Banco de dados Freepik

O Índice de preço ao consumidor (IPCA) apresentou queda pela primeira vez desde junho de 2023. Ele observa tendências de inflação. Em agosto chegou a haver deflação de 0,02%. No entanto, a baixa nos preços não deve continuar. É que as queimadas já fizeram subir os preços de alguns produtos como açúcar, feijão, leite, laranja e carne no Brasil.

Focos de queimadas no Brasil

O Brasil chegou a registrar no último dia 9, 5.132 focos de incêndio, concentrando 75.9% das áreas afetadas pelo fogo em toda a América do Sul. O Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) quem divulgou as informações.

Nos primeiros dias deste mês, os focos distribuídos pelo país superam o dobro observado em 2023. Em apenas dez dias foram 37.4 mil focos. Enquanto que no mesmo período do ano anterior haviam sido 15.6 mil. 

Alto do preço nos produtos

Como resultado, a seca prejudica a produção do feijão, um alimento essencial na mesa dos brasileiros. Embora o ciclo do grão seja curto, a falta da chuva atrapalha diretamente na plantação.

Já sobre a carne, é que a seca degradou os pastos. Sendo assim, o gado não tem alimento para a engorda e a carne chega mais tarde ao consumidor. Do mesmo modo, a seca provocou a morte de animais. Agora, existe menos oferta e a carne fica mais cara.

Em São Paulo por exemplo, mais de 80 mil hectares em áreas de de cana de açúcar foram queimados. Isso corresponde à cidade de Nova York, ou então, meia cidade de São Paulo. O prejuízo dos produtores é repassado também aos consumidores.

Além do açúcar, o tempo seco no país elevou o preço da laranja. Além de ser o maior produtor de laranja do mundo, o país também exporta o suco. O problema é que com a diminuição da oferta, o preço vai ficar mais elevado por mais tempo. A fruta, já chegou a custar 30% do valor mais caro quando comparado ao mês passado.

Conforme o economista Alberto Ajcental, agosto e setembro já costumam ser críticos para os produtores por conta do tempo seco, e, a situação agora tende a piorar. Seus efeitos devem durar por um longo período.

“Esse clima extremo de altas temperaturas nas últimas semanas proporciona é que aquilo normalmente acontecia entre a entressafra e sazonalidade, ela vêm pior. As queimadas estão estragando o solo e tiram os nutrientes. É provável que o custo de reparo para este solo seja mais alto. Pode ser que a gente sinta os efeitos dessa queimada por vários semestres pela frente”, explicou.

Fonte: Portal R7

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