Imprensa nacional comenta morosidade do TSE no caso do julgamento de Denarium

Já faz um mês que o processo está parado na Corte Superior, sem data definida para retomada. Jornalista da CNN disse ter apurado que caso deve ser julgado somente após as eleições municipais

Imprensa nacional comenta morosidade do TSE no caso do julgamento de Denarium
Governador Antonio Denarium – Foto: Reprodução

A CNN Brasil, emissora de alcance nacional, comentou nesta sexta-feira, 13, sobre a demora do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em julgar o recurso de cassação do governador Antonio Denarium (Progressistas).

Hoje completa um mês que o processo está parado na Corte Superior, sem data definida para retomada. A jornalista Débora Bergamasco detalhou que o julgamento iniciou no dia 13 de agosto, mas foi suspenso após as sustentações orais das partes. Desde então, a ministra Cármen Lúcia não estabeleceu um novo cronograma para o caso voltar à pauta.

“Eu apurei que o julgamento deve ficar só para depois das eleições municipais, que acontecem em 2 de outubro”, ressaltou a apresentadora no programa ao vivo da emissora.

A retomada do julgamento chegou a ser marcado para o dia 20 de agosto, mas foi retirado da pauta sem justificativa.

Outras emissoras chegaram a procurar o Tribunal Superior Eleitoral para cobrar uma data de julgamento, mas não receberam respostas.

O julgamento no TRE-RR

O julgamento da cassação de Antonio Denarium durou mais de cinco horas no Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR). A relatora do processo foi a desembargadora Tânia Vasconcelos, que votou pela cassação.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) apurou o uso de dois programas sociais criados pelo Governo do Estado de forma ilegal em 2022, além do envio de R$ 70 milhões somente para as prefeituras do interior em que os prefeitos apoiavam a reeleição do governador. Além disso, a Corte julgou ainda o uso de verba pública com publicidade em ano eleitoral.

Valores

Roraima em Tempo fez um levantamento dos valores investigados no processo de cassação. Os recursos públicos empregados em programas eleitoreiros somam R$ 210 milhões. Somente no programa Cesta da Família, foram R$ 60 milhões em créditos por meio de cartão e mais R$ 50 milhões em cestas básicas. Além disso, teve ainda os R$ 70 milhões enviados às prefeituras onde os prefeitos trabalharam pela reeleição de Denarium.

O Morar Melhor também entrou nas contas e apenas nos três primeiros meses de 2022, Denarium usou R$6 milhões no programa ilegal em ano eleitoral. E, conforme reportagem com dados fornecidos pelo próprio Governo, naquele momento já havia mais de 5 mil famílias cadastradas. Isso significa um investimento de R$ 30 milhões. 

Fonte: Da Redação

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