A Procuradoria da República do Distrito Federal determinou que a Polícia Federal (PF) instaure inquérito para investigar o ex-secretário de Saúde de Roraima, Airton Cascavel. Ele é suspeito de usurpação de função pública.
Os autos do processo foram enviados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 na semana passada. Conforme informações, o pedido para abertura de inquérito está na PF desde o dia 8 de julho.
De acordo com o Procuradoria, Cascavel é acusado de negociar em nome do Ministério da Saúde sem ter, todavia, vínculo com o governo federal. Ele era próximo de Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde.
O processo cita matéria publicada em jornal de circulação nacional que relata viagens e a participação de Cascavel em reuniões com o alto escalão do Ministério da Saúde, assim como com prefeitos e secretários.
Além disso, a Procuradoria afirma que Airton teria se apresentado como responsável pela intermediação das demandas encaminhadas pelos municípios no período da crise da Covid-19.
A atuação informal teria ocorrido entre maio e junho do ano passado. Airton ocupou o cargo de assessor especial do ministério até 21 de março deste ano.
Sesau
O governador Antonio Denarium (sem partido) nomeou Cascavel como secretário de Sáude após ele deixar o Ministério da Saúde. Ele deixou o cargo na semana passada e foi o 8° secretário a ocupar a pasta na atual gestão.
Denúncias de servidores, assim como de pacientes marcaram a passagem de Cascavel pela Secretaria de Saúde nos últimos meses.
O Roraima em Tempo publicou que depois da visita dele ao Hospital das Clínicas os plantões extras foram suspensos.
Anteriormente, Cascavel suspendeu por 60 dias as férias dos servidores do Hospital Geral de Roraima (HGR) e justificou com o momento crítico de pandemia.
Compra de Votos
Airton Cascavel é ainda suspeito de compra de votos em Caracaraí, região Sul de Roraima, nas eleições de 2018. À época, ele tentava voltar para a Câmara dos Deputados e apoiava Denarium.
As acusações são do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR). O órgão embasa as acusações na prisão de um pastor e uma mulher que trabalhavam para os dois. Por fim, o TRE-RR deve julgar o processo no dia 25 de agosto.
Fonte: Da Redação