Apreensões de dinheiro e prisões em RR revelaram eleições afogadas na corrupção

Enquanto roraimenses iam às urnas, alguns candidatos tentavam de forma desesperada comprar votos. Ministério Público disse que durante todo o período de campanha, houve a apreensão de R$ 3 milhões em operações de combate ao crime eleitoral

Apreensões de dinheiro e prisões em RR revelaram eleições afogadas na corrupção
Foto: Divulgação/PF

Escolheram seus representantes

No último domingo, dia 6, a população de Roraima escolheu o representante de cada um dos 15 municípios. Na capital, foi confirmado o que já diziam as pesquisas: Arthur Henrique vai comandar pelos próximos quatro anos a Prefeitura de Boa Vista e assim, dar continuidade ao trabalho.

Prisões

Também ocorreu a votação para a escolha dos vereadores. E, enquanto roraimenses iam às urnas, alguns candidatos tentavam de forma desesperada garantir uma vaga na Câmara Municipal. Eles usaram até de artifícios imorais e criminosos para isso. Foi o caso da sobrinha do governador, Juliana Garcia (PP), presa por corrupção eleitoral. A defesa dela chegou a dizer a um jornal local que a PF apenas cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa dela, mas o próprio veículo divulgou em seguida que a parlamentar precisou pagar uma fiança de R$ 70 mil para ser liberada. Que vexame.

Presidente da Câmara

Teve também o caso do presidente da Câmara Municipal de Boa Vista, Genilson Costa (Republicanos), ‘velho’ conhecido da PF que foi preso (e assim permanece) por  suspeita de crime eleitoral. Ele era candidato e foi reeleito ao cargo como um dos mais votados. Detalhe: a Polícia Federal também encontrou na casa dele ouro bruto, que a corporação suspeita que tenha relação com garimpo ilegal. Vale lembrar que Genilson também é investigado por tráfico de drogas. Fontes desta coluna afirmam, inclusive, que vai sair em breve um novo mandado de prisão para o vereador relacionado a isso. Vamos ficar de olho.

Assédio eleitoral

Além disso, durante essas eleições, a Polícia Federal divulgou uma série de operações no intuito de coibir a prática de assédio eleitoral. De Acordo com o Ministério Público, houve a apreensão total de R$ 3,1 milhões nestas ações. Ou seja, teve muito candidato e muito eleitor sem senso moral e  sem a tal consciência política.

Inclusive, ainda durante as eleições, o Roraima em Tempo recebeu uma denúncia envolvendo o nome da vereadora reeleita e aliada do presidente da Câmara, Aline Rezende (Progressistas). Conforme a denúncia, terceirizados, temporários e comissionados do Colégio Militarizado Presidente Tancredo Neves eram obrigados a fazer campanha eleitoral e a participar, sob pena de demissão, de reuniões e bandeiradas da parlamentar, que também é mulher do deputado estadual e líder da base governista na Assembleia Legislativa de Roraima, Coronel Chagas (PRTB).

Educação política

O Ministério Público até reforçou a importância de exercer a cidadania. Lembrou as consequências da venda do voto, ressaltou que candidato que compra para ser eleito não vai agir de forma adequada e lembrou que tem lei para punir esses atos.

Por falar em falta de senso moral…

O que foi aquele episódio do deputado Rárison Barbosa (PMB) sugerindo que o candidato que ele apoiava mentisse durante a transmissão de uma live ao vivo no Instagram? O mínimo que se espera de alguém que já representa o povo é postura e senso moral. A gafe foi compartilhada em grupos de mensagens instantâneas e teve muita gente que desaprovou. Que vergonha, deputado!

Rotina

Ainda falando em deputados, é de se saber que nestas eleições, os deputados suspenderam as sessões nas quartas e quintas-feiras desde agosto, já que eles tinham agendas a cumprir em cidades do interior, onde possuem bases eleitorais. Bem, agora que acabou as eleições, também é dever deles retomarem o trabalho na Casa Legislativa e dar a devida atenção aos interesses do povo.

Da Redação

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