Sinter convoca assembleia geral após LOA ser aprovada sem reajuste para professores

Professores já estão há seis anos sem reajuste, mesmo com orçamento de R$ 5,7 bilhões para 2022

Sinter convoca assembleia geral após LOA ser aprovada sem reajuste para professores
Sinter convoca assembleia geral – Foto: Sinter/Divulgação

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima (Sinter) convocou uma assembleia geral. O chamado ocorre após deputados aprovarem orçamento de R$ 5,7 bilhões para 2022 sem reajuste salarial para professores.

A Lei Orçamentária Anual (LOA) prevê R$ 397.368.263 para a Secretaria de Educação e Desporto (Seed). Além de mais R$ 638.381.729 para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

“O Sinter convoca toda a categoria para participar da assembleia geral no início do ano letivo de 2022, cuja pauta é: aprovação do”Estado de Greve”até que o reajuste salarial seja anunciado na data base da categoria conforme prometido pelo Governo”, diz trecho da nota do sindicato.

Procurado, o governo não se manifestou sobre a possibilidade de greve, mas relembrou todos os benefícios pagos pelo governador Antonio Denarium (PP) durante sua gestão.

Os servidores do Estado não recebem reajuste salarial desde 2016. Por isto, a categoria protestava no plenário pelo rateio do Fundeb, que não ocorreu, bem como o reajuste de salário.

Conforme o deputado Evangelista Siqueira (PT), que tem como base profissionais da educação, os salários estão defasados em 36%.

““Governador, o presente de natal para esses servidores que estão aqui, não é o rateio do Fundeb não, é sua obrigação […] O que vai satisfazer os trabalhadores é o reajuste salarial, o que vai fazer com que nossa categoria se sinta contemplada é garantir as perdas salariais que temos durante esses anos”, disse Siqueira.

A LOA recebeu 18 votos a favor e dois contra. A votação ficou marcada pelo protesto do deputado Jeferson Alves (PTB). Em suma, o parlamentar criticou o fato de o governo ter deixado os profissionais da Educação de fora do orçamento.

Ameaça de greve

Antes da convocação da assembleia geral, os professores da rede estadual ameaçaram entrar em greve caso o reajuste salarial não fosse feito.

Conforme a categoria, o pedido ocorreu porque a maioria dos estados da região Norte repassou os recursos do Fundeb. Contudo, em Roraima, o governo afirma que não há sobras.

Fonte: Da Redação

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