O misterioso caso do Bloco F no HGR: unidade não tem sistema de refrigeração adequado, Sesau não resolve o problema e “obriga” pacientes a levar ventiladores de casa

Pasta se limita a resolver o problema de um jeito temporário. Como se a saúde fosse uma espécie de carro velho que precisa só de um ‘empurrão amigo’ para funcionar e assim, quem precisa dela, que conte com a sorte para se manter vivo

O misterioso caso do Bloco F no HGR: unidade não tem sistema de refrigeração adequado, Sesau não resolve o problema e “obriga” pacientes a levar ventiladores de casa
Secretária de Saúde Cecília Lorezon e o governador Antonio Denarium – Foto: Divulgação/Secom-RR

O Bloco F

Existe no Hospital Geral de Roraima (HGR) um local chamado Bloco F que é um anexo do hospital. O local poderia até ser conhecido por ser apenas mais uma parte da estrutura que recebe os pacientes que buscam atendimento na unidade, no entanto, o bloco na verdade acumula inúmeras denúncias sobre uma demanda nunca resolvida pela Sesau: o conserto do sistema de refrigeração.

E olha que o Roraima em Tempo relata o problema a pelo menos dois anos. O caso é um mistério, já que se existe um problema, por quê a demora em uma solução definitiva? Lembrando que um hospital não deveria ficar sequer por minutos sem refrigeração. O ambiente requer cuidado redobrado devido a preocupação com a proliferação de bactérias e outros microrganismos.

Será mesmo?

Mas será mesmo que é mistério? Os próprios pacientes já relataram que são orientados a levar ventiladores de casa. Ou seja, ao que parece, funcionários e até a direção do hospital já está ciente que não existe boa vontade da Sesau para uma solução no local. A princípio a Sesau até chegou a dizer que as denúncias eram mentirosas, só que depois de um certo tempo, admitiu que existe sim um problema e que quem está por lá internado vai denunciar.

Contudo, a Pasta se limita a resolver o problema temporário. Como se a saúde fosse uma espécie de carro velho que precisa só de um ‘empurrão amigo’ para funcionar e quem precisa dela,  que se vire para se manter vivo.

Quem vai perguntar o que não é óbvio? 

Existem muitas perguntas para que a secretária de Saúde, Cecília Lorezon responda. Afinal, se ela está à frente da Pasta, deve ser a primeira a responder sobre o sistema de refrigeração. Por falar em perguntas, será que não é hora do Conselho Estadual de Saúde visitar o HGR também? Especificamente o tal bloco F. Se existem denúncias, existe um gritante pedido de socorro ali. Ou só é considerado grave quando um paciente perde a vida? Se não existe atendimento de qualidade, há então, o fato de que o mal serviço pesa na hora da recuperação daquele paciente que deveria ser bem tratado. Ninguém está em um hospital de férias, verdade seja dita.

Por falar em visita

O Conselho Estadual de Saúde já esteve na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth fiscalizando a obra ‘padrão Denarium de qualidade’ e constatou uma série de defeitos. Teve banheiro sem acessibilidade, falta de estacionamento, equipamento que não estava funcionando. Mas foi entregue mesmo assim. E o resultado qual foi? Denúncias e mais denúncias. E graves! Contudo, para Antonio e Cecilia estava tudo ótimo e apto para funcionar. Sem água, sem leitos, mães em cadeiras…É assim que o governador acha que a população merece ser tratada, pois se realmente estivesse preocupado, ao menos usaria sua posição para pressionar Cecilia a dar explicações sobre sua gerência. Um absurdo!

Esperando 

Além do retorno sobre o que aconteceu após o envio do relatório para a Sesau sobre a visita à maternidade, a população também aguarda qual será o resultado da convocação que a Assembleia Legislativa de Roraima fez à Cecília para esclarecer as mortes dos bebês também no hospital materno. A Casa Legislativa informou o adiamento do encontro nessa quinta-feira (10). A nova data ficou definida para 23 de outubro.

O que se espera é um posicionamento firme dos deputados. Pois na última vez que Cecília esteve na ALE-RR o encontro parecia um chá da tarde entre amigos. É claro que o  respeito é fundamental, afinal o diálogo é importante e a cordialidade diz muito sobre o direcionamento dos trabalhos dos deputados. Acontece que uma Pasta onde se chove denúncias de mortes de inocentes, não pagamento de dívidas, escândalos de médicos plantonistas recebendo sem trabalhar, o mínimo que se espera são perguntas diretas e explicações condizentes. O que Cecília tem a dizer? Vamos acompanhar.

 

Fonte: Da Redação

 

 

 

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