Operação da PF contra venda ilegal de armas de fogo e munições mira comandante-geral da Polícia Militar de Roraima

São cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Boa Vista e Fernandópolis (SP), sendo um deles na casa do coronel

Operação da PF contra venda ilegal de armas de fogo e munições mira comandante-geral da Polícia Militar de Roraima
Comandante-geral da Polícia Militar de Roraima, Miramilton Goiano – Foto: Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (23), uma operação contra venda ilegal de armas de fogo e munições em Roraima. Um dos alvos da ação é o comandante-geral da Polícia Militar de Roraima, Miramilton Goiano.

As equipes cumprem 16 mandados de busca e apreensão. Um deles é na casa do coronel, no bairro Cinturão Verde, zona Oeste de Boa Vista.

A investigação é um desdobramento da Operação Alésia, deflagrada em dezembro de 2020 para investigar servidores públicos da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc), suspeitos de crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, peculato, corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e lavagem de dinheiro.

As investigações identificaram uma intensa negociação de munições e armamentos pelos suspeitos de forma ilegal.

A operação conta com a participação do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Roraima (MPRR). Foram mobilizados 80 policiais em Boa Vista e na cidade de Fernandópolis (SP).

Confira imagens da equipe da TV Imperial:

Em nota, o comandante-geral da PM, Miramilton Goiano, negou qualquer participação em atos delituosos. O coronel destacou que, na condição de policial militar, possui armas legalizadas e, portanto, registradas na Polícia Federal. Além disso, informou que é instrutor de tiro e Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Por fim, disse que nunca foi chamado para prestar esclarecimentos sobre o fato e que sempre “pautou sua atuação profissional pelo mais estrito cumprimento da lei”.

O que diz o Governo

Procurado, o Governo informou que abrirá processo administrativo disciplinar contra todos os envolvidos nas investigações e disse que permanece à disposição dos órgãos de fiscalização e controle para dar uma resposta à população roraimense. O Estado afirmou ainda que não compactua com qualquer comportamento que fira os princípios éticos das forças de Segurança Pública ou quaisquer outros órgãos da esfera estadual.

Fonte: Da Redação

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