Pela segunda vez, Assembleia adia convocação de Cecília Lorenzon para prestar esclarecimentos sobre mortes de mães e bebês na maternidade

Secretária de Saúde devia ter ido à Casa Legislativa nesta quarta-feira, 23. Agora, deve prestar informações em plenário somente no dia 27 de novembro

Pela segunda vez, Assembleia adia convocação de Cecília Lorenzon para prestar esclarecimentos sobre mortes de mães e bebês na maternidade
Secretária de Saúde do Estado, Cecília Lorezon – Foto: Reprodução

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) adiou pela segunda vez a convocação da secretária de Saúde do Estado, Cecília Lorenzon. O presidente da Casa, Soldado Sampaio (Republicanos), enviou ofício para informar a decisão nesta terça-feira, 22. O parlamentar não explicou o motivo no documento.

A princípio, a titular da Pasta do Governo devia ter ido prestar informações sobre a Maternidade Nossa Senhora de Nazareth no dia 10 de outubro, mas foi adiado a primeira para esta quarta-feira, 23. Agora, ela deve comparecer no plenário somente no dia 27 de novembro, segundo o ofício.

Requerimento

O requerimento para convocar a secretária Cecília Lorenzon foi aprovado na sessão ordinária do dia 24 de setembro. A solicitação tem autoria conjunta de Soldado Sampaio e do presidente da Comissão de Saúde e Saneamento, Cláudio Cirurgião.

A secretária deve prestar informações e discutir assuntos relacionados à saúde pública, com ênfase nas mortes de mães e bebês na maternidade.

O pedido ocorreu depois do caso da criança que teria morrido logo após o nascimento por falta de oxigênio na maternidade inaugurada recentemente. A mãe da criança teve complicações, foi transferida para UTI no Hospital Geral de Roraima (HGR), onde morreu uma semana depois.

O pai da criança, Rodrigo Silva, procurou a imprensa para denunciar a situação, mas a Sesau acusou ele e a imprensa de fake news. Disse ainda que a gestante não teria feito o pré-natal da forma adequada, tendo realizado apenas 4 consultas durante a gestação. Logo depois, Rodrigo gravou vídeo e enviou à imprensa com caderneta da esposa que mostra que, na verdade, ela fez 9 consultas. Ou seja, 3 a mais que o necessário e preconizado pelo Ministério da Saúde.

A reação da Secretaria de Saúde gerou polêmica e causou revolta tanto na família das vítimas, quanto na população. Por isso, populares organizaram uma manifestação em frente à maternidade.

Depois de toda a polêmica, a Polícia Civil de Roraima (PCRR) instaurou inquérito para apurar o caso e a Sesau disse ter aberto procedimento administrativo.

A família das vítimas está reunindo documentos para entrar na Justiça.

Fone: Da Redação

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