Familiares de uma jovem de 23 anos, com fortes dores no abdômen e com sangramento, internada no Hospital das Clínicas, denunciaram ao Roraima em Tempo, a demora para realização de exames por meio da Saúde de Estado.
Entenda o caso da jovem
De acordo com a mãe da paciente, Zeziane Martins de Lima, a família mora na cidade de Mucajaí. Após sentir fortes dores, ela buscou atendimento no hospital do município, contudo, como as dores continuavam, a família pediu para que ela fosse transferida para o Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista no dia 20 deste mês. Em seguida, a equipe a encaminhou para a Maternidade Nossa Senhora de Nazareth.
“Em uma madrugada, pioraram as dores abdominais com o sangramento. Ao chegar no HGR, fizeram uma tomografia e constou que ela tinha problemas no ovário. Aí, enviaram para a Maternidade. Fizeram mais exames e tomou medicação para amenizar a diarreia com o sangramento”, explicou.
Zeziane também disse que a médica na maternidade após os exames, explicou que o sangramento não tinha ligação com o problema ginecológico, por isso, a jovem deveria fazer mais três exames para investigar as causas do seu problema.
A espera da jovem
Assim, no dia 24, a família entregou a documentação para a jovem fazer os exames. Já no dia 29, a equipe médica a transferiu para o Hospital das Clínicas onde permanece aguardando os procedimentos. De acordo com a própria paciente, ela teme pela demora, já que até o momento não existe diagnóstico para a sua doença.
“A médica especialista me examinou e solicitou três exames: uma tomografia com contraste, uma endoscopia e uma colonoscopia. Até ágora só fiz um que é a tomografia com contraste. Levando em consideração o meu histórico familiar de câncer no sistema gastrointestinal, solicito que esses exames ocorram rapidamente por causa dos sintomas que tenho”, disse a jovem.
Do mesmo modo, a família já procurou o Núcleo Interno de Regulação (NIR) setor responsável pela marcação de consultas e exames. A resposta de acordo com a família, é que estão aguardando o HGR autorizar os procedimentos.
“Hoje já fazem 10 dias que estou internada e eles não me dão um diagnóstico certo por falta desses exames, só me deslocam de um hospital para o outro e até ágora nada de solucionar a minha situação”, desabafou a paciente.
Precariedade
Além de conviver com as fortes dores e o sangramento, ela também precisa lidar com a precariedade da estrutura do Hospital das Clínicas. Conforme a denúncia, o quarto está com mofo, poltronas desgastadas, teto sem o forro e até com a central de ar com vazamento de água.
“Fui transferida para o Hospital das Clínicas, onde os apartamentos estão em situação de precariedade, sem a higiene básica exigida nos ambientes hospitalares. O quarto que estou tem partes com mofo, madeira úmida e se deteriorando, central de ar com vazamento, dentre outras coisas que prejudicam até a recuperação dos pacientes”, disse.
Citada
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesau) para posicionamento sobre o caso e aguarda retorno.
Fonte: Da Redação