Governo Federal deve filtrar na fronteira e Governo Estadual tem quase R$ 130 milhões para garantir segurança em Roraima

População deve cobrar de cada um o que é de direito

Governo Federal deve filtrar na fronteira e Governo Estadual tem quase R$ 130 milhões para garantir segurança em Roraima
Imagem: Reprodução/PMRR

Clandestino

A notícia sobre o achado de um cemitério clandestino na divisa entre os bairros Pricumã e Cinturão Verde chocou a população boa-vistense na tarde desta segunda-feira, 20. Até ontem, a polícia encontrou cinco cadáveres enterrados em covas rasas na região, que fica próxima a uma invasão. As buscas devem continuar nesta terça-feira, 21. Com a repercussão, não demorou para que muitos associassem a situação ao crescimento de uma facção venezuelana em Roraima e, com isso, o aumento da violência no estado. E o Governo Federal, responsável pelas nossas fronteiras, parece pouco se importar com a imigração desenfreada, que acaba por deixar o solo fértil para esse tipo de problema.

Refúgio

Vale salientar que há imigrantes que buscam no Brasil refúgio, oportunidade de emprego e vida digna. Mas, infelizmente, há também aqueles envolvidos em atividades criminosas, que ramificam suas atividades para outros países. E é contra esses que o Estado deve agir. Além disso, também vale lembrar que o Governo Federal é responsável pela fronteira, mas quem deve garantir segurança dentro do Estado de Roraima é o Governo estadual. Essa semana, inclusive, o secretário de segurança pública disse em uma rádio que o Fundo Estadual de Segurança Pública tem quase R$ 130 milhões para executar. Cadê?

Comissionados

Os comissionados que conseguiram voltar ao quadro foram nomeados na última sexta-feira, 17. O decreto está no Diário Oficial do Estado. São mais de 4 mil funcionários em cargos de comissão na estrutura governamental. E, analisando a quantidade de cargos nas secretarias da para entender o por quê de certos políticos lutarem tanto por essas regalias em acordos com o governador Antonio Denarium.

Insaciável

O insaciável senador Hiran Gonçalves é um dos que mais tem indicações de comissionados e secretários no governo Denarium. Ele tem a Secretaria de Articulação em Brasília, comandada por sua esposa. Mas, seu curral, mesmo, é na Secretara de Administração aqui em Roraima, a Segad. A pasta tem quase 300 comissionados que tiveram a exoneração revogada na última sexta. Fora isso, há ainda os cargos que ficaram vazios e que Denarium deve preencher em breve. O tesoureiro de seu partido, Anselmo Gonçalves é quem está gerindo a Segad. Hiran sempre colocou Anselmo e sua esposa Gerlane Baccarin em cargos de secretários nas gestões do Estado.

Números

As secretarias com mais comissionados são: Educação (849); Saúde (451); Setrabes (394); Casa Civil (285); Administração (277) e Agricultura (207). A Educação tem influência de vários políticos, sobretudo do próprio governador que colocou Michael Curad para gerir. Mas, nos bastidores, dizem que quem dá as cartas é a cunhada de Denarium Leila Perussolo. Na Setrabes acontece o mesmo. Mas a outra cunhada de Denarium, Tânia Soares, é quem dirige a Pasta. Casa Civil e Agricultura tem várias mãos. E, das maiores secretarias, somente a Segad foi dada de porteira fechada para Hiran.

Sem transparência

O governador Antonio Denarium vetou totalmente um projeto de lei que garantiria mais transparência acerca da disponibilidade dos medicamentos nas unidades de saúde do Estado. A proposta, aprovada pela Assembleia Legislativa em novembro do ano passado, previa a publicação de informações sobre os estoques da rede pública estadual, como quantidade e validade. Na justificativa do veto, o chefe de Poder Executivo de Roraima disse que a iniciativa é inconstitucional, pois atribui responsabilidade à Sesau e acarreta no aumento de despesas.

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