‘Cachorro’
Nesta quarta-feira, 22, recebemos o vídeo do acompanhante de uma paciente do Hospital Geral de Roraima. Ele mostra a situação precária de uma poltrona que fica ao lado do leito, justamente para que possa descansar e dormir enquanto a mulher recebe tratamento. Acontece que o móvel está destruído e quase inutilizável. Ao final, o homem diz uma frase que, infelizmente, reflete bem a opinião de quem precisa da rede pública estadual de saúde: “pagador de imposto é tratado como cachorro”.
Milhões
O curioso é que, em setembro do ano passado, o Roraima em Tempo teve acesso ao edital de uma licitação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) estimada em R$ 60,4 milhões para compra de 24 mil móveis hospitalares, que atenderia as unidades da capital e do interior. O documento apontava quase 50 itens, entre eles, camas hospitalares e poltronas para acompanhantes. Para onde foram esses móveis? Pelo vídeo, é difícil de acreditar que chegou até quem precisa.
Nota de agradecimento
Esta semana a filha de uma idosa de 71 anos, paciente do HGR, emitiu uma nota de agradecimento aos veículos do Grupo Égia de Comunicação e outros que noticiaram a dificuldade da senhora em conseguir fazer uma cirurgia cardiológica. Ela agradeceu ao Roraima em Tempo, TV Imperial, Rádio 93 FM e outros veículos, pela repercussão do caso da mãe. Isso porque a cirurgia só aconteceu depois que a imprensa noticiou o descaso do Governo com a situação.
Denunciar é importante
O caso da senhora não é isolado. Muito pelo contrário. Muitas pessoas só conseguem realizar cirurgias ou TFD com a ajuda da imprensa. Os pacientes que não denunciam ficam à mercê. Muitos deles, mesmo após passarem humilhação no sistema de saúde do Governo, ainda acreditam nas propagandas enganosas que a atual gestão põe na TV, rádio e redes sociais.
Desmando
Não há como esperar que o tratamento com os pacientes no Governo do Estado seja digno. Tantos são os desmandos que entristece o pagador de imposto mesmo. Já foram várias operações da Polícia Federal para apurar desvio de verba em esquemas envolvendo o setor de traumatologia, bucomaxilos, verbas da Covid, enfim, foram muitas. Fora isso, tanto o TCU como o TCE-RR já investigaram e até chegaram cancelar licitações escandalosas como, por exemplo, a terceirização do HGR por R$ 430 milhões. Um governo focado, sobretudo, no desvio de verbas, não tem como ofertar um serviço digno ao povo.

