O caso da Clínica Renal
Que o Governo de Roraima não paga seus credores, todo mundo sabe. Mas o que impressiona é o total descaso para reverter as situações que afetam diretamente a população. Um exemplo, é a dívida de R$ 10,8 milhões com a Clínica Renal. Por falta do pagamento, a unidade anunciou que vai suspender os serviços a partir do dia 14. Em um documento enviado à Sesau, a Clínica disse que apesar da inadimplência do Estado, a empresa continuou a prestar os serviços. No entanto, precisa do pagamento para que possa seguir em atividade.
O mais curioso é que a Pasta permitiu o acúmulo dos débitos mesmo após o episódio onde a Clínica chegou a suspender os atendimentos em julho de 2023. Aliás, os débitos são referentes ao meses de agosto, outubro e novembro de 2022; junho, julho e dezembro de 2023; outubro, novembro e dezembro de 2024; e janeiro de 2025, ou seja, a Sesau “empurra” o problema há tempos. Que atitude vergonhosa!
Sem salário
Como resultado, além dos pacientes renais passarem pela aflição de ter o atendimento suspenso, os profissionais da Clínica também estão sem o salário de janeiro. A Justiça até mandou no dia 9 de fevereiro, o juiz Gleydson Ney Silva da Rocha a Clínica Renal pagar os salários atrasados no prazo de 48h. Contudo, segundo a presidente do Sindicato, Joana Gouveia, a empresa ainda não cumpriu a obrigação.
Protegidos
Quem está no poder deveria ter em mente e nas intenções, a vontade de trabalhar em benefício do povo. Então, o que dizer quando os políticos usam a influência para favorecer especialmente um determinado grupo com dinheiro público? Foi o que a prefeita de Iracema, Marlene Saraiva (Republicanos) fez ao sancionar a lei – criada por ela – que garante segurança pessoal a ex-prefeitos.
De acordo com a proposta, a equipe deve ser formada por três seguranças e um motorista. Para ter direito, o ex-prefeito deve comprovar já ter sofrido atentado durante seu mandato e que o inquérito não comprovou a identidade dos executores.
E o povo é favorecido onde?
Agora, o Ministério Público propôs suspender a Lei. É que o órgão entendeu que a lei municipal viola diversos princípios constitucionais. Em um dos trechos, o Ministério Publico citou a importância da construção de uma sociedade igualitária, além disso, “vantagens de qualquer natureza só poderão ser instituídas por lei e quando atendam efetivamente ao interesse público, o que não se verifica no caso sob exame”, diz o trecho da ação.
Mudando de assunto…
É quase uma espécie de vicio do Governo de Roraima de querer resolver problemas somente quando a situação se agrava. Vejamos o caso da volta às aulas na rede estadual. É escola sem professores, sem transporte escolar e há casos que não existe sequer uma estrutura com paredes de concreto para abrigar quem tem o direito de estudar. Desde que Denarium assumiu o poder, tudo virou uma grande improviso com lonas, desvalorização dos profissionais e até denúncia de falta de merenda escolar. Lamentável.

