Grilagem
É fato de que o Iteraima tem muito o que explicar aos deputados durante a CPI da grilagem. Os parlamentares receberam uma série de denúncias envolvendo ameaças, disputas e claro, invasões durante a primeira reunião. Já no segundo encontro, uma testemunha foi conduzida à delegacia após supostamente mentir durante reunião da Comissão. Ele era ouvido pelos deputados sobre sua participação na regularização de uma área denominada sítio Uberabinha 2, na Gleba Cauamé. O homem alegou que atuou apenas como procurador do suposto dono, que ele afirma se chamar “Almiro”.
Vale lembrar que a própria presidente do Iteraima, Dilma Costa, é suspeita de grilagem e favorecimento indevido na regularização fundiária da Gleba Baliza. A situação chegou ao ponto do Ministério Público de Contas pedir seu afastamento imediato.
Defendeu
E quem defende com unhas, dentes e discurso a Dilma, foi o governador Antonio Denarium. Ele disse durante uma fala à imprensa que tem a “consciência tranquila”. Ele ainda classificou as denúncias como ação “destruidora” de seu governo. Palavras bem parecidas durante campanhas eleitorais e até na defesa da Saúde. O resultado já sabemos: escândalos e mais escândalos no final do conto de Denarium.
Em cima do muro?
Por falar em governo, Antonio Denarium que é considerado o governador mais bolsonarista do Brasil, (título este que fez questão de expor desde que assumiu o poder), resolveu prestigiar a posse dos ministros Gleisi Hoffmann na Secretaria de Relações Institucionais e Alexandre Padilha na Saúde. A presença de Denarium chamou a atenção da imprensa, pois ele foi eleito duas vezes em Roraima com discurso contra o PT (Partido dos Trabalhadores).
Tentou aculturar…
Após dois anos, do episódio em que chamou os indígenas de “bichos”, defender o aculturamento dos povos originários, e dizer que o problema na Terra Yanomami era uma situação ‘localizada”, o governador resolveu sancionar uma lei que dedica um mês inteiro aos indígenas.
Na época, o discurso de Denarium citava também que a responsabilidade da crise não era do Governo de Roraima, e sim de todos os últimos ex-presidentes da República. Ou seja, Antonio deixou claro o seu “lavar de mãos” diante das demandas do povo indígena. Atitude essa que continua, pois a quantidade de denúncias sobre a péssima estrutura das escolas indígenas estaduais reflete apenas a ponta do iceberg de um governo que não está preocupado com os povos originários.
Facilidade
Está na pauta do Plenário desta quarta-feira (12) a proposta que cria a política nacional de linguagem simples e torna obrigatório que os documentos oficiais tenham escrita em uma linguagem compreensível para qualquer pessoa. A atitude é importante, pois o acesso à Justiça é um direito de todos e facilitar a compreensão é o mínimo que a população merece.

