A ansiedade é considerada como uma emoção de “alarme”, a qual vem associada a sensações de angústia, tensão e insegurança. A frequência, intensidade e descontrole podem levar a pessoa a experimentar um mal-estar significativo, que fatalmente desencadeará algumas doenças, tanto psicológicas quanto orgânicas (físicas).
Podemos citar alguns sintomas físicos que o organismo apresenta, como: arritmia, taquicardia, vertigens/tonturas, boca seca, dificuldade respiratória (sensação de falta de ar), dentre outros. Já no psicológico destacamos as reações cognitivas tipo preocupações excessivas, muita dificuldade para se concentrar até mesmo em atividades do cotidiano e as comportamentais como: tremores, paralisação e, as sociais como a dificuldade em falar em público, evitar eventos sociais, etc.. Tudo isso afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas acometidas pela ansiedade.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a ansiedade como um dos principais problemas de saúde mental a nível mundial. Ainda conforme a OMS, a ansiedade pode afetar pessoas de qualquer idade, sexo, religião e etc., no entanto, estudos demonstram que as do sexo feminino são afetadas com maior frequência.
Estudos indicam que alguns estímulos podem desencadear momentos de ansiedade, podemos citar alguns como os problemas biológicos, por exemplo as alterações hormonais, no campo profissional uma possibilidade de desemprego, na área educacional os momentos das avaliações (provas), os fatores familiares tipo um divórcio, assim como a questão da orientação sexual, e mesmo, eventos como epidemias, catástrofes ou acidentes graves.
Por sua vez a ansiedade não pode ser olhada apenas como algo negativo. Especialistas consideram que existe a ansiedade “positiva”, a qual está associada a períodos de adaptações, que servem de motivação para agir em determinada situação, ou ainda, procurar melhorias de vida, emprego e assim por diante. Nesse contexto não é considerada como sendo uma doença, porém, se mal administrada poderá desencadear outros problemas, e mesmo, evoluir para a patologia ansiosa.
Há entre as pessoas leigas uma grande confusão em ter o que seja ansiedade, medo e estresse. Para tanto, vamos explicar de forma objetiva cada situação para um melhor entendimento. A ansiedade se caracteriza pelo fato de a pessoa se antecipar ante a uma possível futura ameaça, tensão ou o famoso “pressentimento” de que algo está por acontecer, no entanto, a pessoa não consegue identificar o motivo concreto que sustente a angústia sentida. Já o medo consiste numa resposta emocional diante de uma ameaça concreta/objetiva, real ou percebida, ou seja, um fato em concreto.
O estresse está associado a uma espécie de esgotamento físico e mental, que nada mais é que uma resposta do organismo quando não mais consegue suportar uma tensão/pressão constante.
Importante entender essas diferenças para que se possa buscar a intervenção correta para cada situação. No entanto, quem está diante de qualquer dessas situações, jamais deve negligenciar os sinais e muito menos descartar a ajuda de profissional da Psicologia, que realmente são os mais indicados.
Lembre-se que o profissional Psicólogo pode ajudá-lo(a) a compreender o que se passa e trabalhar estratégias para conseguir lidar com o que você sente e pensa, ultrapassando da melhor forma algo que, caso não seja alvo de intervenção de profissional qualificado, poderá desencadear outros problemas no psicológico, psiquiátrico e até doenças físicas no organismo.
Hismayla Pinheiro (@psihismaylapinheiro) é psicóloga clínica e especialista em avaliação psicológica, com experiência em orientação profissional. Além disso, é a psicóloga oficial do “Miss Universo Roraima”. Toda segunda-feira, orientações valiosas nesse divã virtual de como manter a saúde mental saudável, principalmente em meio à pandemia da Covid-19. Consultas pelo telefone (95) 99144-1131