FARRA DOS COMISSIONADOS – Governo vira “cabide de emprego”

Antes de ser eleito, em 2018, Antônio Denarium prometeu “enxugar” a folha, extinguindo secretarias e reduzindo os cargos comissionados

FARRA DOS COMISSIONADOS – Governo vira “cabide de emprego”
Hiran Gonçalves com o filho e o governador Antonio Denarium – Foto: Reprodução/ Facebook Hiran Gonçalves

Antes de ser eleito, em 2018, Antônio Denarium prometeu “enxugar” a folha, extinguindo secretarias e reduzindo o número de cargos comissionados na estrutura do governo. Pois bem.

Eleito governador, três anos depois, o mesmo Antônio criou novas secretarias, sem finalidade alguma, e ainda aumentou o número de cargos comissionados, “inchando” a folha de pagamento em mais de R$ 50 milhões, em detrimento dos candidatos aprovados em concurso público, que continuam sem tomar posse.

A verdade é que Denarium faz uma grande farra com a máquina pública, usando-a para turbinar sua desesperada campanha de reeleição, em outubro próximo. De forma explícita, vossa excelência usa dinheiro público para pagar seus cabos eleitorais e correligionários.

O governador também usa a máquina pública para acomodar políticos, a maioria já condenados por corrupção, os mesmos que ele prometeu combater em 2018, antes de ser eleito. Denarium levantou a bandeira do combate à corrupção, mas hoje faz justamente o contrário, infelizmente.

Família empregada no governo

Mais recente, na cara dura, vossa excelência empregou até o filho do deputado federal Hiran Gonçalves, candidato do grupo governista ao Senado. Desse modo, “Hiranzinho” ganha agora R$ 16 mil por mês, na Segad, sem dar um “prego em barra de sabão”. Da mesma forma, a esposa de Hiran, Gerlane Bacarin, também já mama nas testas do governo. Ela ganha mais de R$ 20 mil como titular de uma secretaria que o povo nunca ouviu falar.

Similarmente acontece com a deputada federal Sheridan, que emplacou o irmão na Cultura, ganhando lá uma grana preta. Prola, na Segurança Pública, também se dá bem no governo do seu Antônio.

As desavergonhas indicações políticas não param por aí. Luciano Castro assumiu uma secretaria, onde lá empregou seu povo, com a finalidade de se eleger e também reeleger seu Antônio. Eleitores de Ângela Portela, ex-senadora, também se comprometeram em votar em Denarium, com Flamarion, marido de Ângela, na Casa Civil.

Semana retrasada, seu Antônio criou mais cargos comissionados na Femarh, com o mesmo propósito: empregar e pagar bons salários a cabos eleitorais, bem como correligionários do grupo governista, verdadeira farra com dinheiro público.

Paga com nosso dinheiro

Como já disse: vossa excelência usa dinheiro público para pagar seus cabos eleitorais. E o que é pior: tudo feito de forma escancarada debaixo das barbas da Justiça, que finge não ver tamanha maracutaia.

A patifaria é tão grande que até no MP de Roraima, quem deveria dar o exemplo, assim como combater as picaretagens no setor público. Denarium extinguiu cargos de carreira e criou outras dezenas de comissionados, a pedido do próprio MP, pasmem!

Inadmissível o que está acontecendo em Roraima, que tem um governador, o mais espertalhão de todos, usando e abusando da máquina pública com a única finalidade de se reeleger, enquanto o povo, desempregado e doente, morre na fila de espera do HGR.

Digo e repito: Denarium não está nem aí para o povo. Ele faz do governo seu particular balcão de negócios. E nada mais.

Álvares dos Anjos – cronista

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