Investimentos do ‘Plano Amazônia’ viabilizaram apreensão histórica de 103kg de ouro em Roraima, diz PRF

Estratégia visa crime organizado e combate a crimes ambientais na Amazônia Legal

Investimentos do ‘Plano Amazônia’ viabilizaram apreensão histórica de 103kg de ouro em Roraima, diz PRF
Foto: Divulgação/PRF

O Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Plano AMAS) viabilizou a maior apreensão de ouro ilegal da história das rodovias federais e uma das maiores do Brasil, feita pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nessa segunda-feira (4), em Roraima. Trata-se de uma iniciativa do Governo Federal lançada em 2023 para intensificar o combate ao crime organizado e reforçar a presença do Estado brasileiro no Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, a Amazônia Legal.

Os 103 kg de ouro, avaliados em mais de R$60 milhões, estavam escondidos no interior de uma caminhonete abordada na altura da Ponte dos Macuxis. O local é uma das principais ligações da capital Boa Vista com o interior do estado, pela BR-401. Conduzia o veículo um homem de 30 anos, acompanhado da esposa e uma criança de colo. Em novembro do ano passado, em circunstâncias parecidas, a PRF apreendeu outros 21kg de ouro durante abordagem na BR-174, no distrito de Jundiá, em Rorainópolis. A suspeita é de que o ouro seja proveniente da Terra Indígena Yanomami.

Recordes

Desde que entrou no Plano AMAS, em meados de 2023, a PRF vem batendo recordes em ações de combate a crimes ambientais na Amazônia Legal. Em dois anos, mais de 1,8 milhão de veículos e 2,3 milhões de pessoas, muitas com extensa ficha criminal, foram abordados nas BRs da região. As mais de 23.500 ações de fiscalização resultaram em grandes volumes de prisões e apreensões de madeira, minerais, animais silvestres e veículos utilizados em crimes.

Prejuízo

Além das apreensões e prisões, a PRF impôs enorme prejuízo ao crime organizado. As equipes, por exemplo, inutilizaram e destruíram equipamentos utilizados no garimpo ilegal, como balsas, dragas, motores, tratores, escavadeiras, caminhonetes, caminhões e aeronaves. Coordenado pelo MJSP, o plano prevê investimentos de R$ 1,2 bilhão de recursos do Fundo Amazônia, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para capacitação, assim como mobilização de efetivos, reforço em ações de inteligência e fiscalização e aquisição e aluguel de helicópteros, lanchas e viaturas.

Recentemente, para ampliar seu efetivo na região, a PRF lotou 521 novos policiais do último curso de formação nos estados vinculados ao Plano AMAS. Também foram incorporadas 72 novas viaturas operacionais para emprego em áreas de difícil acesso, onde geralmente estão os garimpos clandestinos e a extração ilegal de madeira. Antes da aquisição, a PRF estava operando no Plano AMAS com efetivo, viaturas e aeronaves próprias. Todas as novas viaturas possuem tração integral e, além disso, espaço para o transporte de equipamentos utilizados nas operações.

“A figura do garimpeiro de picareta e bateia na Amazônia foi substituída pelo criminoso armado de fuzil. Aparelhado com aviões, helicópteros, balsas, dragas e outros equipamentos milionários. Tudo financiado pelo crime organizado”, defende o diretor-geral da PRF, Antonio Fernando Oliveira.

“Além dos imensuráveis, e em muitos casos, irreparáveis, danos ao meio ambiente e populações tradicionais, as organizações criminosas levam o terror para aquela região, como trabalho escravo, exploração sexual, tráfico de drogas, armas e toda de crimes. Somente o Estado forte e equipado pode fazer frente a essa ameaça”, conclui.

Fonte: Da Redação

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