O governador Antonio Denarium (Progressistas) se reuniu com lideranças sindicais no Palácio Senador Hélio Campos nessa segunda-feira, 18, para discutir o Reajuste Geral Anual (RGA). Ele decidiu manter sua proposta inicial de 5% parcelado em quatro vezes de 1,25% a partir do mês de setembro.
No entanto, segundo dados apresentados pelos sindicatos, a perda inflacionária do ano passado foi de 4,83% e o acumulado chega a 16,47% de defasagem só na gestão atual.
“Não era o que nós queríamos, não era o que nós propusemos. Entretendo, segundo o governador, dos números apresentados, frustração de receita, aumento de despesas, cenário econômico nacional e global, é o que é possível conceder”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Roraima (Sindpol), Leando Almeida.
Capacidade financeira
No dia 23 de julho, dirigentes sindicais dos servidores públicos realizaram uma reunião com o secretário da Fazenda (Sefaz), Manoel Freitas. Na ocasião, eles constataram que o Governo do Estado tem, sim, condições financeiras para pagar a Revisão Geral Anual de forma integral e imediata.
O encontro aconteceu após o governador propor o reajuste de 5% parcelado em cinco vezes. Isto é, se os secretários de Estado conseguissem elaborar um plano de cortes de gastos que liberasse espaço no orçamento.
Apesar de o Estado alegar incapacidade financeira para a revisão pretendida pelos servidores, as entidades sindicais afirmam que dados do próprio Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado de Roraima (Fiplan) mostra excesso de arrecadação de cerca de R$ 600 milhões até o mês de junho.
“Depois de várias análises, verificamos os dados que nos foram apresentados. Estamos no limite prudencial e aguardamos uma resposta. Então, dinheiro tem, agora falta a resposta do Executivo”, disse o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado de Roraima (Sintraima), Francisco Filgueira.
Fonte: Da Redação