Escola de lona
Grande parte dos estudantes do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio em Roraima estão estudando há bastante tempo em estruturas improvisadas de tendas e lonas. As estruturas, que ficaram conhecidas como “escolas de lona”, são completamente desconfortáveis e não oferecem o espaço necessário para o aprendizado. O Governo do Estado adotou a prática em escolas que passam por reforma ou que estão com a estrutura comprometida. O problema é que as reformas nunca acabam e quem paga o preço por isso são os estudantes. Até porque a empresa contratada para montar as salas de aula de lona recebe seus milhões mensalmente. Em janeiro deste ano, o Governo renovou o contrato por R$ 7 milhões.
O calor
A prova de que as estruturas improvisadas não foram feitas para abrigar alunos está no que aconteceu na semana passada com os estudantes do Colégio Militarizado Wanda David Aguiar, no bairro Raiar do Sol. Eles foram dispensados das aulas por conta do forte calor. De acordo com relatos, as duas centrais de ar da sala onde o episódio ocorreu não funcionam. Um professor chegou a levar de casa um climatizador para tentar amenizar a situação, mas o aparelho não foi suficiente.
Sem progresso
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra os próprios alunos reclamando do calor e denunciando a precariedade da sala de aula. Em nota, a Secretaria de Educação informou que, ao tomar conhecimento do caso, acionou a empresa responsável pela manutenção das centrais de ar e segue atenta ao “compromisso e bem-estar dos estudantes”. Mas e a entrega de uma estrutura decente, quando vai acontecer? Um seguidora das redes sociais do Portal Roraima em Tempo, comentou que a Escola Ritler Brito de Lucena, no Nova Cidade, está na mesma situação, pelo menos na turma do 6º Ano. “Agora imagine o calor, em uma sala com 30 alunos e o ar-condicionado não funciona”, disse.
Chuva
Quando chove a situação é a mesma: alunos dispensados das aulas. A escola fica alaga e, os estudantes, que precisam de um espaço digno para estudar, acabam pagando esse preço. A qualidade do ensino é ruim, o aprendizado fica comprometido e, talvez o futuro desses jovens também.
Ônibus escolar 1
Um servidor da Prefeitura de Pacaraima e um assessor parlamentar foram flagrados ingerindo bebida alcoólica dentro de um ônibus escolar. Vídeos e fotos registraram a situação ocorrida durante a noite. Um dos envolvidos é funcionário da Secretaria Municipal de Educação, lotado no Centro de Atividades Complementares de Cultura e Desporto, e o outro, um assessor parlamentar. As imagens também mostram um servidor fardado na carroceria de uma caminhonete, segurando uma mesa de tênis de mesa. O veículo, que estava locado pela Prefeitura, aparece chegando a uma distribuidora de bebidas e em seguida, sendo utilizado na organização de um torneio da modalidade.
Ônibus escolar 2
Enquanto servidores utilizam veículos que deveriam estar a serviço da população, a realidade de muitos alunos é bem diferente: crianças e jovens chegam a empurrar carros quebrados para tentar ir à escola e, em alguns casos, ficam dias sem estudar por falta de transporte escolar disponível. A Prefeitura, por sua vez, apressou-se em afirmar que o ônibus visto nas imagens não pertence ao município e que não é de sua competência fiscalizar a conduta dos servidores em horários de folga. No entanto, cabe sim à gestão zelar pelo uso adequado do patrimônio e dos veículos locados, sobretudo quando são desviados de sua função para carregar mesas de torneio ou até visitar distribuidoras de bebidas. Além disso, se não tomar uma atitude para moralizar, como vai ficar a situação?
Da Redação

