Onda de violência em Roraima é reflexo de uma gestão que prioriza o agro e esquece as pessoas que precisam da proteção do Estado

Em plena segunda-feira, houve tiroteio e execução em Boa Vista. Dados da Segurança Pública no estado são alarmantes e pressupõem um futuro desafiador para os roraimenses

Onda de violência em Roraima é reflexo de uma gestão que prioriza o agro e esquece as pessoas que precisam da proteção do Estado
Crimes em Boa Vista – Foto: Reprodução

Fatos

Os fatos das últimas semanas confirmam o que as pesquisas já vêm mostrando há um bom tempo: uma onda de violência que amedronta a população. Na noite passada, em plena segunda-feira, houve um tiroteio na rodoviária internacional de Boa Vista e uma execução no bairro São Bento. No fim de semana, bastante violência no trânsito, que ultimamente tem ocupado quase que diariamente as manchetes dos jornais.

Gestão

Há tempo também os profissionais da Segurança Pública (PMRR e outras) relatam a má gestão nas pastas. São promoções e acomodações feitas dentro da Polícia Militar somente para atender acordos políticos. E, enquanto isso, a população vem sentindo o efeito disso nas ruas. Isso porque, apesar de o governador ter  afirmar que já investiu R$ 170 milhões na Segurança, os problemas só vem aumentando.

Dados

E não estamos falando apenas dos fatos dos últimos dias. São dados relatados em estudos. Um dos mais conceituados do país, o Ranking de Competitividade dos Estados do Centro de Liderança Pública, mostrou que Roraima saiu de 3º estado mais seguro do Brasil para 26º. Além disso, Roraima está entre os estados onde pessoas vulneráveis mais sofrem violência sexual.

Imigração

Roraima enfrenta os impactos da imigração desde 2017, oque também contribuiu para o aumento das ocorrências criminais. No entanto, o aumento da criminalidade poderia sim ser resolvido com a quantidade de policiais no estado e com o vultuoso investimento de R$ 175 milhões feito pelo Governo do Estado. Se o Governo culpar a imigração pela ingerência pode até fazer efeito no começo. Mas é algo que não se sustenta por muito tempo.

Arquivado

O Ministério Público arquivou uma investigação relacionada à negativa para afastamento de um servidor pela Secretaria Estadual de Educação para que ele fizesse um doutorado. Segundo a Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania e do Consumidor, a autorização para afastamento de servidor visando a formação continuada é uma questão particular, que impede a atuação do órgão. Anda conforme o MPRR, o servidor pode recorrer ao Poder Judiciário, com o auxílio de advogado ou da Defensoria Pública, caso entenda que seus direitos foram violados.

Pedido

Moradores da Vila Central, no interior do Cantá, denunciaram o abandono de uma das praças da comunidade. Em imagens enviadas à equipe de Jornalismo, é possível ver crianças brincando em meio ao mato e em brinquedos quebrados e enferrujados, com risco de acidentes. “Até hoje não houve nenhuma reforma ou limpeza no local. As nossas autoridades não têm um pingo de consideração pela comunidade. É triste ver crianças brincando no meio do mato, entre brinquedos em péssimas condições de uso e ainda correndo o risco de serem picadas por animais peçonhentos”, desabafou uma moradora.

Água

A falta de  um abastecimento de água digno aos moradores no interior de Roraima continua sendo alvo de denúncias. Em São Luiz do Anauá, por exemplo, quem paga pelo serviço, recebe pelas torneiras uma água suja e barrenta. E olha que o que não falta é a cobrança por parte da própria população que denuncia a péssima qualidade do serviço prestado pela Caer, seja na capital ou nas cidades do interior. Situação complicada! Afinal, qual é a dificuldade que a Companhia tem em admitir problemas na rede e buscar soluções imediatas para uma situação que afeta boa parte da população?

Mounjaro

Mudando de assunto… a febre das canetas emagrecedoras tem atraído cada vez mais interessados, inclusive pessoas que buscam lucrar oferecendo produtos sem garantia ou controle. No Aeroporto de Boa Vista, uma passageira foi presa pela Polícia Federal com mais de 350 ampolas de Mounjaro vindas do Paraguai. Ela foi conduzida à Superintendência Regional da Polícia Federal em Roraima e, após a oitiva, pagou fiança de R$ 12 mil, sendo liberada em seguida.

Da Redação

Comentários

guest
0 Comentários
Oldest
Newest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
0
Would love your thoughts, please comment.x