Ex-reitor da UERR foi afastado do cargo, mas colocou esposa e amigo em cargos estratégicos e continuou comandado instituição, diz testemunha à PF

Com vida de luxo, Regys Freitas tem sido alvo frequente de operações da PF, que investiga desvios que somam mais de R$ 100 milhões da Universidade

Ex-reitor da UERR foi afastado do cargo, mas colocou esposa e amigo em cargos estratégicos e continuou comandado instituição, diz testemunha à PF
Governador Antonio Denarium e Regys Freitas – Foto: Rprodução/Facebook

Reitor

A investigação da Polícia Federal que apura fraude em concurso público na Universidade Estadual de Roraima (Uerr) trouxe à tona um informação interessante. De acordo com o depoimento de uma testemunha, o ex-reitor, Régys Freitas, se afastou do cargo, mas nunca deixou de comandar a Uerr. A testemunha disse que ele continuava sendo o reitor “usufruindo/desviando dinheiro de lá. Para isso, ele teria colocado sua esposa no setor de Controle Interno. Para quem não sabe, é este setor que analisa os processos licitatórios dos órgãos públicos. E é de lá que saem os pareceres com as recomendações para ajustar as movimentações processuais ou para dizer que está tudo ok.

Operação

Na operação deflagrada na última terça-feira, 14, para apurar as fraudes no concurso da Uerr, a Polícia Federal então cumpriu mandado de busca e apreensão justamente no setor de Controle Interno. Se houve prevaricação ou passada de mão na cabeça nos processos licitatórios, logo logo a PF irá detectar nas análises dos documentos que os policiais apreenderam esta semana.

Desvios

Os indícios de desvio de dinheiro na Uerr são evidentes. Basta olhar o padrão de vida do ex-reitor que tem três mansões, sendo uma em um condomínio aeronáutico de luxo, três aviões, sete carros de luxo (entre eles uma BMW X4, avaliada em R$ 533 mil), fazenda, sítios, mais de 600 cabeças de gado… Enfim, o salário de um reitor, que é de cerca de R$ 30 mil jamais seria compatível com tamanha fortuna. Conforme as investigações da PF, os desvios na Universidade ultrapassam os R$ 100 milhões.

Fraude em concurso

As investigações apontam que o ex-reitor, Regys Freitas interferiu no resultado do concurso para o cargo de analista técnico jurídico da Uerr, que aconteceu entre 2022 e 2023, para beneficiar a esposa e um amigo pessoal que trabalhava como comissionado em cargo de diretor na Universidade. De acordo com as apurações, o concurso tinha quatro vagas e, ao todo, houve 222 inscrições. Mas apenas duas pessoas foram aprovadas. A esposa e o amigo. Depois que Régys saiu da Uerr, o governador Antonio Denarium o nomeou como controlador-geral do Estado. Assim, colocou a raposa para cuidar do galinheiro. Logo em seguida, o amigo de Régys, beneficiado no concurso suspeito, foi nomeado também na Controladoria-Geral do Estado. Tirem suas próprias conclusões.

Justiça

Até aqui, a Polícia Federal tem feito seu trabalho investigando e buscando e mostrando provas. Agora resta saber qual será o resultado de tudo isso. Afinal, se há indícios de mais de R$ 100 milhões em desvio, algo deve ser feito para que esse dinheiro retirado da Educação do povo volte para o povo. O nome disso é Justiça.

Fonte: Da Redação

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